Esta semana avaliei um mini notebook. Parece que há uma febre no mercado pelos minis.
Eles realmente são minis (o que eu avaliei tinha tela de 8,5 polegadas) e muito leves (1,2Kg).
O teclado (bem pequeno) e pouco ergonômico e a fonte de energia grande e igual a dos notes normais são os maiores problemas deste equipamento.
Usei para acessar a Internet e trabalhar com Word e Excel. O desempenho foi muito bom.
Talvez por um pouco de conservadorismo e resistência tenho evitado usar notebooks no meu dia-a-dia. O velho desktop com o teclado padrão e o vídeo de 17 polegadas (sou míope: boa resolução e fontes grandes são pré-requisitos importantes para conseguir uma boa produtividade) tem sido muito satisfatório.
Sofrer buscando adaptar-se a telas e teclados pequenos tem que ter excelente motivo. Se for uma questão profissional (um consultor, por exemplo, que precisa de um equipamento móvel para executar seu trabalho e não que fazer musculação a cada viagem) está explicado.
Ainda não é o meu caso.
Mas um grande número de pessoas tem optado pelo notebook na hora de fazer sua compra. Alguns citam como fator decisivo a facilidade de ter o equipamento em qualquer lugar, outros são seduzidos pelos aspectos estéticos. O preço já não um impeditivo. Os equipamentos ficaram muito barato nos últimos anos. Quem não busca configurações muito robustas e não está preocupado com marca encontra notebooks por valores em torno de R$ 1.500,00.
A mobilidade, com certeza, é a grande qualidade do mini notebook. Imagine-se em casa: poder levá-lo para a cama, sofá da sala e até ao banheiro (?!). Seduz os “plugados” mais fanáticos. E é por aí que os minis vão ganhar o mercado.
Apesar de todos os possíveis defeitos, eles são leves. Com um modem 3G de qualquer operadora de telefonia podem acessar a internet e fazer qualquer coisa (que um computador faz) em qualquer lugar.
Como dizia aquela antiga propaganda: “é hora de repensar seus conceitos” ou ainda “menos é mais!”.
Para mim acho que vai se aplicar aquela máxima: Notebook - um dia ainda você vai ter um!
Vamos em frente!
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
sábado, 18 de outubro de 2008
Em Porto Alegre, eu vou de Ônibus
Eu sou um usuário do transporte coletivo de Porto Alegre.
Depois de 6 anos viajando de carro para ir trabalhar, resolvi mudar meu comportamento e adotar uma postura mais ecológica (e econômica): a ida e a volta para o trabalho é de transporte coletivo ( ônibus ou lotação).
Para quem não é de Porto Alegre é bom esclarecer: lotação é um tipo de microônibus com linhas exclusivas, onde todos os passageiros vão sentados. As linhas de lotação atendem toda a cidade e são uma opção rápida e mais confortável que o ônibus.
Mas eu tenho andado mesmo é de ônibus! E sou um usuário muito satisfeito.
Minhas viagens do bairro Menino Deus ao bairro Moinhos de Vento (às vezes passando pelo centro) são tranqüilas e acompanhadas de belas poesias.
Isto mesmo: poesia!
A Prefeitura de Porto Alegre há muito tempo incentiva a cultura. Já está na sua 16º edição o Projeto Poema no Ônibus. Tenho que admitir que, por não ter o costume de andar de ônibus, fiquei um pouco mais pobre de espírito. Mas prometo recuperar todo o tempo perdido e aproveitar cada viagem para ler e até, quem sabe, decorar alguns poemas.
Seguem três que escolhi e que são meus favoritos:
Estagiário
Tempo inimigo Zombeteiro,Não facilitador, ingrato
Quando se acha que realmente aprendeu alguma coisa,
Acabou o contrato.
Eduardo Morais
Dias melhores verão
desfruta sem pressa essa tua primavera
quando o verão chegare fores fruto maduro
vou te colhercom apuro
e te comer
de colher
Germana Konrath
Tempo abandonado
Já reparou quanta poesia há num relógio parado?
Um relógio estragado é uma afronta, um protesto
Contra o tempo inventado pelos homens
Um relógio parado desafia a velocidade.
Um relógio parado desafia a velocidade.
Um ponteiro estático não marca o tempo
Marca permanência. Exerce eternidade.
O trágico silêncio dos ponteiros
O trágico silêncio dos ponteiros
É uma elegia às horas mortas
Cada ato de um relógio estragado
Cada ato de um relógio estragado
Desassossega o efêmero.
Um relógio inútil desafia todos os minutos
Um relógio inútil desafia todos os minutos
Ilude o atraso, dói o tempo...
Um tempo morto, esquecido abandonado.
Um tempo morto, esquecido abandonado.
Jéferson de Souza Tenório
Com poesia tudo fica mais fácil.
Então...Vamos em frente! De ônibus!
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
O touro e a bolsa
Mercados financeiros em todo o mundo reagem como um animal em fúria à ineficiência da gestão americana.
Ficou fácil entender porque o símbolo de Wall Street é um touro!
Símbolo, aliás, bem adequado: o nome da escultura feita pelo nova-iorquino Arturo di Modica é "Charging Bull" (ou “touro em ataque”, em português).
Até o momento, foram mais de 19 bancos que quebraram nos Estados Unidos e 5 na Europa. Alguns deles serão comprados por valores muito abaixo do que valem. A “farra” do crédito fácil e ilimitado está tendo um fim trágico.
Mas será que esta historia já acabou? Para alguns, setembro de 2008 está sendo mais devastador e será tão inesquecível quando foi setembro de 2001.
Só que desta vez existe um Bin Laden em cada esquina e em cada parque americano. Alguns desempregados, morando dentro de carros e apenas com a roupa do corpo.
Eles são os tomadores de empréstimos que não honraram os seus pagamentos e transformaram as carteiras de crédito hipotecário na maior “massa podre” da história do capitalismo nos últimos anos.
Alguns analistas da crise dizem que ela é momentânea e que com a eleição do novo presidente e mais uns ajustes no sistema financeiro o mercado volta para a normalidade e a vida continua.
Outros, no entanto, defendem que este é o fim da supremacia econômica da América.
Quem viver verá.
Vamos em frente.
Ficou fácil entender porque o símbolo de Wall Street é um touro!
Símbolo, aliás, bem adequado: o nome da escultura feita pelo nova-iorquino Arturo di Modica é "Charging Bull" (ou “touro em ataque”, em português).
Até o momento, foram mais de 19 bancos que quebraram nos Estados Unidos e 5 na Europa. Alguns deles serão comprados por valores muito abaixo do que valem. A “farra” do crédito fácil e ilimitado está tendo um fim trágico.
Mas será que esta historia já acabou? Para alguns, setembro de 2008 está sendo mais devastador e será tão inesquecível quando foi setembro de 2001.
Só que desta vez existe um Bin Laden em cada esquina e em cada parque americano. Alguns desempregados, morando dentro de carros e apenas com a roupa do corpo.
Eles são os tomadores de empréstimos que não honraram os seus pagamentos e transformaram as carteiras de crédito hipotecário na maior “massa podre” da história do capitalismo nos últimos anos.
Alguns analistas da crise dizem que ela é momentânea e que com a eleição do novo presidente e mais uns ajustes no sistema financeiro o mercado volta para a normalidade e a vida continua.
Outros, no entanto, defendem que este é o fim da supremacia econômica da América.
Quem viver verá.
Vamos em frente.
domingo, 5 de outubro de 2008
Veríssimo e a nossas opções
Achei este texto muito legal. É do Luis Fernando Verissímo sobre os caminhos e opções que escolhemos.
Agora mesmo, neste bar imaginário em que estou bebendo para esquecer o que não fiz - aliás, o nome do bar é Imaginário -, sentou um cara do meu lado direito e se apresentou:
- Eu sou você, se tivesse feito aquele teste no Botafogo.
E ele tem mesmo a minha idade e a minha cara. E o mesmo desconsolo.
- Por que? Sua vida não foi melhor do que a minha?
- Durante um certo tempo, foi. Cheguei a titular. Cheguei à seleção. Fiz um grande contrato. Levava uma grande vida. Até que um dia...
- Eu sei, eu sei... - disse alguém sentado ao lado dele. Olhamos para ointrometido... Tinha a nossa idade e a nossa cara e não parecia mais felizdo que nós. Ele continuou:
- Você hesitou entre sair e não sair do gol. Não saiu, levou o único gol do jogo, caiu em desgraça, largou o futebol e foi ser um medíocre propagandista.
- Como é que você sabe?
- Eu sou você, se tivesse saído do gol. Não só peguei a bola como me mandei para o ataque com tanta perfeição que fizemos o gol da vitória. Fui considerado o herói do jogo. No jogo seguinte, hesitei entre me atirar nos pés de um atacante e não me atirar. Como era um herói, me atirei... Levei um chute na cabeça. Não pude ser mais nada. Nem propagandista. Ganho uma miséria do INSS e só faço isto: bebo e me queixo da vida. Se não tivesse ido nos pés do atacante...
- Ele chutaria para fora. - quem falou foi o outro sósia nosso, ao lado dele, que em seguida se apresentou:
- Eu sou você se não tivesse ido naquela bola. Não faria diferença. Não seria gol. Minha carreira continuou. Fiquei cada vez mais famoso, e com fama de sortudo também. Fui vendido para o futebol europeu, por uma fábula. O primeiro goleiro brasileiro a ir jogar na Europa. Embarquei com festa noRio...
- E o que aconteceu? - perguntamos os três em uníssono.
- Lembra aquele avião da Varig que caiu na chegada em Paris?
- Você...
- Morri com 28 anos.
- Bem que tínhamos notado sua palidez.
- Pensando bem, foi melhor não fazer aquele teste no Botafogo...
- E ter levado o chute na cabeça...
- Foi melhor - continuei - ter ido fazer o concurso para o serviço público naquele dia. Ah, se eu tivesse passado...
- Você deve estar brincando! - disse alguém sentado a minha esquerda. Tinhaa minha cara, mas parecia mais velho e desanimado.
- Quem é você?
- Eu sou você, se tivesse entrado para o serviço público.
Vi que todas as banquetas do bar à esquerda dele estavam ocupadas porversões de mim no serviço público, uma mais desiludida do que a outra. As conseqüências de anos de decisões erradas, alianças fracassadas, pequenas traições, promoções negadas e frustração. Olhei em volta. Eu lotava o bar.Todas as mesas estavam ocupadas por minhas alternativas e nenhuma parecia estar contente.
Comentei com o barman que, no fim, quem estava com o melhor aspecto, ali,era eu mesmo. O barman fez que sim com a cabeça, tristemente. Só então notei que ele também tinha a minha cara, só com mais rugas.
- Quem é você? - perguntei.
- Eu sou você, se tivesse casado com a Doralice.
- E...?
Ele não respondeu. Só fez um sinal, com o dedão virado para baixo...
Creio que a vida não é feita das decisões que você não toma, ou das atitudes que você não teve, mas sim, daquilo que foi feito. Se bom ou não, penso, é melhor viver do futuro que do passado.
Verdadeiro.Vamos em frente!
" Vivemos cercados pelas nossas alternativas, pelo que podíamos ter sido. Ah,se apenas tivéssemos acertado aquele número (unzinho e eu ganhava a sena acumulada), topado aquele emprego, completado aquele curso, chegado antes,chegado depois, dito sim, dito não, ido para Londrina, casado com a Doralice, feito aquele teste...
Agora mesmo, neste bar imaginário em que estou bebendo para esquecer o que não fiz - aliás, o nome do bar é Imaginário -, sentou um cara do meu lado direito e se apresentou:
- Eu sou você, se tivesse feito aquele teste no Botafogo.
E ele tem mesmo a minha idade e a minha cara. E o mesmo desconsolo.
- Por que? Sua vida não foi melhor do que a minha?
- Durante um certo tempo, foi. Cheguei a titular. Cheguei à seleção. Fiz um grande contrato. Levava uma grande vida. Até que um dia...
- Eu sei, eu sei... - disse alguém sentado ao lado dele. Olhamos para ointrometido... Tinha a nossa idade e a nossa cara e não parecia mais felizdo que nós. Ele continuou:
- Você hesitou entre sair e não sair do gol. Não saiu, levou o único gol do jogo, caiu em desgraça, largou o futebol e foi ser um medíocre propagandista.
- Como é que você sabe?
- Eu sou você, se tivesse saído do gol. Não só peguei a bola como me mandei para o ataque com tanta perfeição que fizemos o gol da vitória. Fui considerado o herói do jogo. No jogo seguinte, hesitei entre me atirar nos pés de um atacante e não me atirar. Como era um herói, me atirei... Levei um chute na cabeça. Não pude ser mais nada. Nem propagandista. Ganho uma miséria do INSS e só faço isto: bebo e me queixo da vida. Se não tivesse ido nos pés do atacante...
- Ele chutaria para fora. - quem falou foi o outro sósia nosso, ao lado dele, que em seguida se apresentou:
- Eu sou você se não tivesse ido naquela bola. Não faria diferença. Não seria gol. Minha carreira continuou. Fiquei cada vez mais famoso, e com fama de sortudo também. Fui vendido para o futebol europeu, por uma fábula. O primeiro goleiro brasileiro a ir jogar na Europa. Embarquei com festa noRio...
- E o que aconteceu? - perguntamos os três em uníssono.
- Lembra aquele avião da Varig que caiu na chegada em Paris?
- Você...
- Morri com 28 anos.
- Bem que tínhamos notado sua palidez.
- Pensando bem, foi melhor não fazer aquele teste no Botafogo...
- E ter levado o chute na cabeça...
- Foi melhor - continuei - ter ido fazer o concurso para o serviço público naquele dia. Ah, se eu tivesse passado...
- Você deve estar brincando! - disse alguém sentado a minha esquerda. Tinhaa minha cara, mas parecia mais velho e desanimado.
- Quem é você?
- Eu sou você, se tivesse entrado para o serviço público.
Vi que todas as banquetas do bar à esquerda dele estavam ocupadas porversões de mim no serviço público, uma mais desiludida do que a outra. As conseqüências de anos de decisões erradas, alianças fracassadas, pequenas traições, promoções negadas e frustração. Olhei em volta. Eu lotava o bar.Todas as mesas estavam ocupadas por minhas alternativas e nenhuma parecia estar contente.
Comentei com o barman que, no fim, quem estava com o melhor aspecto, ali,era eu mesmo. O barman fez que sim com a cabeça, tristemente. Só então notei que ele também tinha a minha cara, só com mais rugas.
- Quem é você? - perguntei.
- Eu sou você, se tivesse casado com a Doralice.
- E...?
Ele não respondeu. Só fez um sinal, com o dedão virado para baixo...
Creio que a vida não é feita das decisões que você não toma, ou das atitudes que você não teve, mas sim, daquilo que foi feito. Se bom ou não, penso, é melhor viver do futuro que do passado.
Verdadeiro.Vamos em frente!
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Tecnologia demais atrapalha?
Galvão Bueno, durante a transmissão do Grande Prêmio de Singapura, sai com esta:
“Amigos, tecnologia demais atrapalha!”
Durante a primeira corrida noturna de Formula Um, o acidente inesperado tirou todas as chances de vitoria de Felipe Massa. Segundo o site do Estadão “O problema aconteceu por que o painel de luzes, que na Ferrari substitui o "pirulito" usado pela maioria das equipes, mostrou "verde" antes que a mangueira tivesse sido desconectada e devolveu o piloto à pista de rolagem dos box em posição perigosa” .
Massa, que saiu na pole position, chegou em 13º, não pontuou e pode até perder o campeonato por causa deste erro.
A grande crítica era à troca do “pirulito” por um painel eletrônico. O erro foi do mecânico que apertou o botão na hora errada.
Para agilizar o processo de contratação de funcionários, no projeto de expansão da rede de lojas da empresa onde trabalho, foi selecionada uma ferramenta de colaboração chamada WEBEX. A ideia é nosso RH poder entrevistar candidatos em qualquer cidade do Brasil, sem custos de deslocamento e estadia.
O processo é simples: o candidato se dirige a um local que possua acesso à Internet e um micro com uma webcam (Lan House, cafeteria, escola, etc), recebe um convite de reunião e é entrevistado.
O nosso pessoal de RH, acostumado a processos presenciais de seleção, quebrou um belo paradigma e a tecnologia está permitindo que sejam selecionados todos os funcionários dentro do prazo e com um custo aceitável. É pura tecnologia e está ajudando muito.
Seu Galvão: Tecnologia só atrapalha se não for usada corretamente.
E... Vamos em frente.
“Amigos, tecnologia demais atrapalha!”
Durante a primeira corrida noturna de Formula Um, o acidente inesperado tirou todas as chances de vitoria de Felipe Massa. Segundo o site do Estadão “O problema aconteceu por que o painel de luzes, que na Ferrari substitui o "pirulito" usado pela maioria das equipes, mostrou "verde" antes que a mangueira tivesse sido desconectada e devolveu o piloto à pista de rolagem dos box em posição perigosa” .
Massa, que saiu na pole position, chegou em 13º, não pontuou e pode até perder o campeonato por causa deste erro.
A grande crítica era à troca do “pirulito” por um painel eletrônico. O erro foi do mecânico que apertou o botão na hora errada.
Para agilizar o processo de contratação de funcionários, no projeto de expansão da rede de lojas da empresa onde trabalho, foi selecionada uma ferramenta de colaboração chamada WEBEX. A ideia é nosso RH poder entrevistar candidatos em qualquer cidade do Brasil, sem custos de deslocamento e estadia.
O processo é simples: o candidato se dirige a um local que possua acesso à Internet e um micro com uma webcam (Lan House, cafeteria, escola, etc), recebe um convite de reunião e é entrevistado.
O nosso pessoal de RH, acostumado a processos presenciais de seleção, quebrou um belo paradigma e a tecnologia está permitindo que sejam selecionados todos os funcionários dentro do prazo e com um custo aceitável. É pura tecnologia e está ajudando muito.
Seu Galvão: Tecnologia só atrapalha se não for usada corretamente.
E... Vamos em frente.
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Os finais de semana de Inverno e o MBTI
São poucas as opções para os finais de semana com chuva no inverno de Porto Alegre. Eu sempre acabo ficando em casa em frente à TV.
Aqui no frio gaúcho se você não tem assinatura de televisão paga ou um bom estoque de DVDs não consegue sobreviver. Os shopping ficam lotados e fica difícil pegar um lançamento ou filme que você ainda não viu nas locadoras. Para completar, os programas que passam na televisão aberta são de doer.
Eu estava zapeando e parei em um dos canais do Telecine. Me chamou a atenção um filme antigo do Steve Martin. O título em inglês é “Parenthood” ( 1989 - em português o título não motiva e eu não assistiria: “O tiro que não saiu pela culatra”). O filme é sobre o dia-a-dia de uma típica família americana.
Em determinado momento do filme, Steve Martin (o pai) pede demissão do emprego porque está descontente, vai contar para esposa (eles já tem 3 filhos) e recebe a notícia que ela está novamente grávida.
O personagem não se sente confortável porque as coisas estão fora do seu controle, está em crise, não consegue fazer nada direito, só se dá mal, só reclama da vida e ainda, devido a gravidez inesperada da mulher, é obrigado a pedir para voltar ao antigo emprego.
Mas a cena que mais me chamou atenção foi da avó, personagem de Helen Shaw, uma velhinha simpática que, ao ver o neto deprimido e reclamando de todas as dificuldades que tem que enfrentar para criar os filhos e manter a família unida, resolve contar como conheceu o seu avô.
Ela se apaixonou pelo marido quando ele a levou a um parque de diversões e eles andaram na montanha russa:
- “A velocidade, aqueles altos e baixos, aquela sensação de medo e de alegria!” e completou: “para alguns não é divertido. Nem todos apreciam a montanha russa. Muitos só vão ao parque para andar de carrossel: mais lento, mais tranqüilo”.
Caiu a ficha para Steve: algumas pessoas convivem melhor com as mudanças, os “altos e baixos”, superam mais facilmente as adversidades e, em muitos casos, só se sentem felizes ( e se divertem) quando estão em um “grande agito”. Outras, como ele, precisam de controle, de uma vida calma, previsível, de equilíbrio e sofrem muito com qualquer alteração no seu meio.
O problema é que a vida está sempre nos testando (e as coisas nem sempre acontecem como a gente quer). Viver é um desafio constante.
E o personagem do Steve muda o seu comportamento ( o seu jeito de encarar os problemas) e consegue conviver melhor com as “loucuras” de sua vida.
Falando sobre as diferenças entre as pessoas e de como elas enfrentam a vida: participei esta semana de um treinamento sobre liderança e fiz o teste Myers-Briggs Type Indicator® (MBTI).
O texto que introduzia o assunto era: “O MBTI é uma ferramenta que possibilita identificar as diferenças e aproveitar ao máximo o que cada um traz de melhor para a sua equipe de trabalho e para a organização”. Fui direto para a wikipédia.
O teste foi criado por Katharine Cook Briggs e sua filha Isabel Briggs Myers (com base nas teorias de Karl Jung) e classifica os indivíduos segundo suas preferências. O conceito do MBTI é “Tipo Psicológico”.
A ídéia é que as pessoas acham certas maneiras de pensar e agir mais fáceis que as outras. O MBTI considera a existência de quatro pares opostos de maneiras de pensar/agir, chamados dicotomias (dimensões). As preferências são normalmente indicadas por letras maiúsculas que indicam cada uma destas quatro preferências, por exemplo: ISTJ - Introvertido, Sensorial, Racional (“Thinking”), Julgador. Quem quiser mais informações consulte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mbti.
Estou longe de achar que questionário como este pode explicar o jeito de agir das pessoas. O ser humano é muito complexo e imprevisível.Mas, dentro do grupo que estava no treinamento o resultado do diagnóstico foi adequado e ajudou a entender alguns comportamentos ( meus e dos colegas). É um bom instrumento e pode ser um passo inicial para o auto-conhecimento.
Estou aguardando a chegada da primavera.
Vamos em frente!
Aqui no frio gaúcho se você não tem assinatura de televisão paga ou um bom estoque de DVDs não consegue sobreviver. Os shopping ficam lotados e fica difícil pegar um lançamento ou filme que você ainda não viu nas locadoras. Para completar, os programas que passam na televisão aberta são de doer.
Eu estava zapeando e parei em um dos canais do Telecine. Me chamou a atenção um filme antigo do Steve Martin. O título em inglês é “Parenthood” ( 1989 - em português o título não motiva e eu não assistiria: “O tiro que não saiu pela culatra”). O filme é sobre o dia-a-dia de uma típica família americana.
Em determinado momento do filme, Steve Martin (o pai) pede demissão do emprego porque está descontente, vai contar para esposa (eles já tem 3 filhos) e recebe a notícia que ela está novamente grávida.
O personagem não se sente confortável porque as coisas estão fora do seu controle, está em crise, não consegue fazer nada direito, só se dá mal, só reclama da vida e ainda, devido a gravidez inesperada da mulher, é obrigado a pedir para voltar ao antigo emprego.
Mas a cena que mais me chamou atenção foi da avó, personagem de Helen Shaw, uma velhinha simpática que, ao ver o neto deprimido e reclamando de todas as dificuldades que tem que enfrentar para criar os filhos e manter a família unida, resolve contar como conheceu o seu avô.
Ela se apaixonou pelo marido quando ele a levou a um parque de diversões e eles andaram na montanha russa:
- “A velocidade, aqueles altos e baixos, aquela sensação de medo e de alegria!” e completou: “para alguns não é divertido. Nem todos apreciam a montanha russa. Muitos só vão ao parque para andar de carrossel: mais lento, mais tranqüilo”.
Caiu a ficha para Steve: algumas pessoas convivem melhor com as mudanças, os “altos e baixos”, superam mais facilmente as adversidades e, em muitos casos, só se sentem felizes ( e se divertem) quando estão em um “grande agito”. Outras, como ele, precisam de controle, de uma vida calma, previsível, de equilíbrio e sofrem muito com qualquer alteração no seu meio.
O problema é que a vida está sempre nos testando (e as coisas nem sempre acontecem como a gente quer). Viver é um desafio constante.
E o personagem do Steve muda o seu comportamento ( o seu jeito de encarar os problemas) e consegue conviver melhor com as “loucuras” de sua vida.
Falando sobre as diferenças entre as pessoas e de como elas enfrentam a vida: participei esta semana de um treinamento sobre liderança e fiz o teste Myers-Briggs Type Indicator® (MBTI).
O texto que introduzia o assunto era: “O MBTI é uma ferramenta que possibilita identificar as diferenças e aproveitar ao máximo o que cada um traz de melhor para a sua equipe de trabalho e para a organização”. Fui direto para a wikipédia.
O teste foi criado por Katharine Cook Briggs e sua filha Isabel Briggs Myers (com base nas teorias de Karl Jung) e classifica os indivíduos segundo suas preferências. O conceito do MBTI é “Tipo Psicológico”.
A ídéia é que as pessoas acham certas maneiras de pensar e agir mais fáceis que as outras. O MBTI considera a existência de quatro pares opostos de maneiras de pensar/agir, chamados dicotomias (dimensões). As preferências são normalmente indicadas por letras maiúsculas que indicam cada uma destas quatro preferências, por exemplo: ISTJ - Introvertido, Sensorial, Racional (“Thinking”), Julgador. Quem quiser mais informações consulte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mbti.
Estou longe de achar que questionário como este pode explicar o jeito de agir das pessoas. O ser humano é muito complexo e imprevisível.Mas, dentro do grupo que estava no treinamento o resultado do diagnóstico foi adequado e ajudou a entender alguns comportamentos ( meus e dos colegas). É um bom instrumento e pode ser um passo inicial para o auto-conhecimento.
Estou aguardando a chegada da primavera.
Vamos em frente!
Antonio Hermínio de Moraes
Achei muito legal este texto. Segundo o email, é da revista Veja e o autor é o Antonio Hermínio de Moraes:
'Se você ainda não sabe qual é a sua verdadeira vocação, imagine a seguinte cena:
Você está olhando pela janela, não há nada de especial no céu, somente algumas nuvens aqui e ali. Aí chega alguém que também não tem nada para fazer e pergunta:
- Será que vai chover hoje?
Se você responder 'com certeza'... a sua área é Vendas: O pessoal de Vendas é o único que sempre tem certeza de tudo.
Se a resposta for 'sei lá, estou pensando em outra coisa'... então a sua área é Marketing: O pessoal de Marketing está sempre pensando no que os outros não estão pensando.
Se você responder 'sim, há uma boa probabilidade'... você é da área de Engenharia: O pessoal da Engenharia está sempre disposto a transformar o universo em números.
Se a resposta for 'depende'... você nasceu para Recursos Humanos: Uma área em que qualquer fato sempre estará na dependência de outros fatos.
Se você responder 'ah, a meteorologia diz que não'... você é da área deContabilidade: O pessoal da Contabilidade sempre confia mais nos dados no que nos próprios olhos.
Se a resposta for 'sei lá, mas por via das dúvidas eu trouxe um guarda-chuvas': Então seu lugar é na área Financeira que deve estar sempre bem preparada para qualquer virada de tempo.
Agora, se você responder 'não sei'... há uma boa chance que você tenha uma carreira de sucesso e acabe chegando a diretoria da empresa.
De cada 100 pessoas, só uma tem a coragem de responder 'não sei' quando não sabe. Os outros 99 sempre acham que precisam ter uma resposta pronta, seja ela qual for, para qualquer situação.
'Não sei' é sempre uma resposta que economiza o tempo de todo mundo, e pré-dispõe os envolvidos a conseguir dados mais concretos antes de tomar uma decisão.
Parece simples, mas responder 'não sei' é uma das coisas mais difíceis de se aprender na vida corporativa.
Por quê? Eu sinceramente 'não sei'."
... Muito bom... Vamos em frente!
'Se você ainda não sabe qual é a sua verdadeira vocação, imagine a seguinte cena:
Você está olhando pela janela, não há nada de especial no céu, somente algumas nuvens aqui e ali. Aí chega alguém que também não tem nada para fazer e pergunta:
- Será que vai chover hoje?
Se você responder 'com certeza'... a sua área é Vendas: O pessoal de Vendas é o único que sempre tem certeza de tudo.
Se a resposta for 'sei lá, estou pensando em outra coisa'... então a sua área é Marketing: O pessoal de Marketing está sempre pensando no que os outros não estão pensando.
Se você responder 'sim, há uma boa probabilidade'... você é da área de Engenharia: O pessoal da Engenharia está sempre disposto a transformar o universo em números.
Se a resposta for 'depende'... você nasceu para Recursos Humanos: Uma área em que qualquer fato sempre estará na dependência de outros fatos.
Se você responder 'ah, a meteorologia diz que não'... você é da área deContabilidade: O pessoal da Contabilidade sempre confia mais nos dados no que nos próprios olhos.
Se a resposta for 'sei lá, mas por via das dúvidas eu trouxe um guarda-chuvas': Então seu lugar é na área Financeira que deve estar sempre bem preparada para qualquer virada de tempo.
Agora, se você responder 'não sei'... há uma boa chance que você tenha uma carreira de sucesso e acabe chegando a diretoria da empresa.
De cada 100 pessoas, só uma tem a coragem de responder 'não sei' quando não sabe. Os outros 99 sempre acham que precisam ter uma resposta pronta, seja ela qual for, para qualquer situação.
'Não sei' é sempre uma resposta que economiza o tempo de todo mundo, e pré-dispõe os envolvidos a conseguir dados mais concretos antes de tomar uma decisão.
Parece simples, mas responder 'não sei' é uma das coisas mais difíceis de se aprender na vida corporativa.
Por quê? Eu sinceramente 'não sei'."
... Muito bom... Vamos em frente!
sábado, 30 de agosto de 2008
Fornecedores e algumas dicas para um bom relacionamento.
Recebi uma reportagem da Computer Word sobre os problemas enfrentados pelos empresas no relacionamento com os vendedores de equipamentos e serviços de TI.
O título é “Seis modos irritantes de vender TI” e traz a seguinte classificação dos tipos mais irritantes de vendedores:
· O homem SIM - não conhece as tuas necessidades e diz sim a todas as tuas perguntas;
· O evangelista do Armagedon – se você não comprar algo de muito ruim vai acontecer;
· O caçador – Insiste na venda a qualquer preço;
· O doutor sabe-tudo – responde a todas as perguntas e não admite desconhecer algo;
· O primo ignorante – ao contrário do anterior não sabe as informações mais básicas sobre o que está vendendo;
· O séqüito – vem sempre acompanhado de uma tropa. Como se isto fosse um bom argumento de persuasão.
O artigo tem certo tom de brincadeira, mas toca em um assunto sério quando fala da relação entre compradores e vendedores de TI. Minha experiência sempre foi como cliente ( comprador) e conheci muitos destes tipos, fiz bons negócios com todos eles e acredito ter conseguido conviver muito bem com as peculiaridades e defeitos destas espécies.
Atrevo-me a dar algumas dicas sobre como se deve conduzir esta relação. Para mim são apenas 5 regras (desculpe caro leitor não é nada a inovador e nem surpreendentes).
Regras simples que estão ao alcance de todos e são muito fáceis de aplicar:
Número Um - Respeito:
Em todos os sentidos da palavra porque respeito é requisito de todo e qualquer tipo de relação. Não é possível imaginar uma relação comercial onde as partes (fornecedores e clientes) não respeitem agendamentos, horários, compromissos de entrega de propostas, não dêem retorno,etc. Respeito é básico: se você (cliente) agendou uma visita do fornecedor cumpra o horário do agendamento, receba e atenda da melhor forma possível. Se você (fornecedor) combinou a entrega da proposta: cumpra os prazos acordados!
Número dois: Bom senso
Vale para tudo e parece bobagem dizer: uma relação exige bom senso de ambas as partes. Ele deve estar presente em “doses cavalares” desde a definição de suas necessidades e de quem pode atendê-las até a negociação e o fechamento. Não faça nada extremado e nem por impulso.Seja coerente e criterioso. Para mim vale aquele mandamento budista: “o melhor caminho sempre é o caminho do meio”.
Número três: Transparência
É principalmente no sentido de agir da forma mais transparente possível dentro de uma negociação. Mas não confunda transparência com ingenuidade. Lembre-se que em uma relação comercial existem agendas ocultas e interesses dos mais diversos tipos ( alguns são de difícil identificação). Sempre que possível, dê todas as informações necessárias para todos os fornecedores deixando claro quais as necessidades, os seus limites e as alçadas de decisão. Manter uma postura transparente ( e coerente) te dá condição favorável ( no curto, médio e longo prazo) em qualquer cenário de negociação e com qualquer fornecedor.
Numero quatro: Clareza
Tenha um processo claro e limpo para expor suas necessidades. Deixe claras as regras de avaliação e, sempre que possível, forneça um documento onde isto está registrado ( um email, uma RFP, uma solicitação de orçamento ou qualquer outro documento que você queira criar para isto). Solicitações confusas geram propostas confusas e que não chegam a lugar nenhum.
Número cinco: Ética
Siga seus princípios éticos. Respeite todas as regras de conduta e o processo de compra estabelecido pela empresa onde você trabalha. Deixe isto muito claro aos seus fornecedores.
A vida é simples, a gente é que complica.
Vamos em frente.
O título é “Seis modos irritantes de vender TI” e traz a seguinte classificação dos tipos mais irritantes de vendedores:
· O homem SIM - não conhece as tuas necessidades e diz sim a todas as tuas perguntas;
· O evangelista do Armagedon – se você não comprar algo de muito ruim vai acontecer;
· O caçador – Insiste na venda a qualquer preço;
· O doutor sabe-tudo – responde a todas as perguntas e não admite desconhecer algo;
· O primo ignorante – ao contrário do anterior não sabe as informações mais básicas sobre o que está vendendo;
· O séqüito – vem sempre acompanhado de uma tropa. Como se isto fosse um bom argumento de persuasão.
O artigo tem certo tom de brincadeira, mas toca em um assunto sério quando fala da relação entre compradores e vendedores de TI. Minha experiência sempre foi como cliente ( comprador) e conheci muitos destes tipos, fiz bons negócios com todos eles e acredito ter conseguido conviver muito bem com as peculiaridades e defeitos destas espécies.
Atrevo-me a dar algumas dicas sobre como se deve conduzir esta relação. Para mim são apenas 5 regras (desculpe caro leitor não é nada a inovador e nem surpreendentes).
Regras simples que estão ao alcance de todos e são muito fáceis de aplicar:
Número Um - Respeito:
Em todos os sentidos da palavra porque respeito é requisito de todo e qualquer tipo de relação. Não é possível imaginar uma relação comercial onde as partes (fornecedores e clientes) não respeitem agendamentos, horários, compromissos de entrega de propostas, não dêem retorno,etc. Respeito é básico: se você (cliente) agendou uma visita do fornecedor cumpra o horário do agendamento, receba e atenda da melhor forma possível. Se você (fornecedor) combinou a entrega da proposta: cumpra os prazos acordados!
Número dois: Bom senso
Vale para tudo e parece bobagem dizer: uma relação exige bom senso de ambas as partes. Ele deve estar presente em “doses cavalares” desde a definição de suas necessidades e de quem pode atendê-las até a negociação e o fechamento. Não faça nada extremado e nem por impulso.Seja coerente e criterioso. Para mim vale aquele mandamento budista: “o melhor caminho sempre é o caminho do meio”.
Número três: Transparência
É principalmente no sentido de agir da forma mais transparente possível dentro de uma negociação. Mas não confunda transparência com ingenuidade. Lembre-se que em uma relação comercial existem agendas ocultas e interesses dos mais diversos tipos ( alguns são de difícil identificação). Sempre que possível, dê todas as informações necessárias para todos os fornecedores deixando claro quais as necessidades, os seus limites e as alçadas de decisão. Manter uma postura transparente ( e coerente) te dá condição favorável ( no curto, médio e longo prazo) em qualquer cenário de negociação e com qualquer fornecedor.
Numero quatro: Clareza
Tenha um processo claro e limpo para expor suas necessidades. Deixe claras as regras de avaliação e, sempre que possível, forneça um documento onde isto está registrado ( um email, uma RFP, uma solicitação de orçamento ou qualquer outro documento que você queira criar para isto). Solicitações confusas geram propostas confusas e que não chegam a lugar nenhum.
Número cinco: Ética
Siga seus princípios éticos. Respeite todas as regras de conduta e o processo de compra estabelecido pela empresa onde você trabalha. Deixe isto muito claro aos seus fornecedores.
A vida é simples, a gente é que complica.
Vamos em frente.
domingo, 24 de agosto de 2008
Porto Alegre e o Marketing
A campanha politica para a Prefeitura de Porto Alegre também é aula de Marketing.
Não é necessariamente uma boa aula, mas sempre se aprende algo sobre o que o marketing ( no caso politico) faz para vender seu produto.
Alguns exemplos:
- O candidato Onix traz como vice Mano Changes: a necessidade de identificar-se com o eleitorado jovem e buscar votos deste publico que poderia ir para os candidatos mais jovens ( é a tentativa de pegar os votos que serião de Manuela?).
Estranha mistura:Onix e Mano tem posturas, pensamentos e historias politicas completamente diferentes. Talvez funcione mas preocupa.
-O nosso prefeito Fogaça: está tentando provar (na campanha) que era um governo tipo "mineirinho", ou seja "nois tava quietinho aqui mais nois tava trabalhando". Quer fazer o publico que votou nele ( eu fui um dos culpados) acreditar que mesmo sem nenhuma obra de impacto, trabalhou muito neste 4 anos!
- Maria do Rosário: agora se chama só Maria (realmente parece outra pessoa: mais jovem. Mas estaria buscando ser uma mulher do povo?). É a melhor propaganda e do ponto de vista de recursos, provavelmente é a que tem usado o maior aparato. Filmes com ótimos qualidade e bem dirigidos e ela tem boa presença em cena ( é fotogênica).
Mas o que mais me chamou atenção foi a Luciana Genro: ela está tentando mudar a imagem de mulher "raivosa", radical e revoltada. Parece que a maturidade fez milagres com a Dona Luciana.
Desculpe Luciana. Não deu para engolir a nova imagem. A senhora sempre foi uma pessoa de discursos fortes e agressivos. Fica dificil de acreditar nesta mudança. É puro Marketing.
Ainda não tenho candidato. Vamos em frente.
Não é necessariamente uma boa aula, mas sempre se aprende algo sobre o que o marketing ( no caso politico) faz para vender seu produto.
Alguns exemplos:
- O candidato Onix traz como vice Mano Changes: a necessidade de identificar-se com o eleitorado jovem e buscar votos deste publico que poderia ir para os candidatos mais jovens ( é a tentativa de pegar os votos que serião de Manuela?).
Estranha mistura:Onix e Mano tem posturas, pensamentos e historias politicas completamente diferentes. Talvez funcione mas preocupa.
-O nosso prefeito Fogaça: está tentando provar (na campanha) que era um governo tipo "mineirinho", ou seja "nois tava quietinho aqui mais nois tava trabalhando". Quer fazer o publico que votou nele ( eu fui um dos culpados) acreditar que mesmo sem nenhuma obra de impacto, trabalhou muito neste 4 anos!
- Maria do Rosário: agora se chama só Maria (realmente parece outra pessoa: mais jovem. Mas estaria buscando ser uma mulher do povo?). É a melhor propaganda e do ponto de vista de recursos, provavelmente é a que tem usado o maior aparato. Filmes com ótimos qualidade e bem dirigidos e ela tem boa presença em cena ( é fotogênica).
Mas o que mais me chamou atenção foi a Luciana Genro: ela está tentando mudar a imagem de mulher "raivosa", radical e revoltada. Parece que a maturidade fez milagres com a Dona Luciana.
Desculpe Luciana. Não deu para engolir a nova imagem. A senhora sempre foi uma pessoa de discursos fortes e agressivos. Fica dificil de acreditar nesta mudança. É puro Marketing.
Ainda não tenho candidato. Vamos em frente.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Larissa e Juliana e a capacidade de aceitar a frustração
Fiquei muito impressionado com o que aconteceu com a dupla olímpica do vôlei de praia Juliana e Larrisa.
Juliana teve uma lesão no joelho e iniciou um processo intensivo buscando a recuperação que lhe daria a condição de participar dos jogos junto com sua parceira. Não deu.
Dois dias antes do inicio dos jogos, apesar de todos os esforços e de uso da todas as técnicas da medicina desportiva, foi necessário chamar a veterana Ana Paula para compor a dupla brasileira.
Muita tristeza e frustração de Juliana. Porque o que um atleta de alto nível mais quer na vida e participar de uma competição como a Olimpíada. Ser impedido de participar por motivo de lesão e ser cortado dias antes do inicio das provas deve ser insuportável. Acho que além do apoio técnico também é necessário um apoio psicológico para enfrentar situações como esta. A maior dor de Juliana não é a que ela sente no joelho. A dor maior é de ter feito todo o esforço (recuperação,preparação, treinamento, etc) e de não ter conseguido. Tem que ter grande capacidade de superação.
Vendo a reportagem na televisão eu me perguntava: Como Juliana irá suportará a frustração por não estar ao lado de Larissa?
Guardadas todas as proporções, situação altamente frustrante também vive um colega nosso de TI. Gerente de desenvolvimento de sistemas, ele participou como líder de uma das frentes de um projeto de implantação de ERP. O sistema, apesar de todos os problemas encontrados, iniciou a operação em janeiro.
O pagamento do seu bônus estava associado ao seu desempenho no projeto e sua principal meta era a implantação do sistema no prazo. Ele e mais dois colegas, todos participantes do projeto, foram os únicos dos 40 gestores na empresa a não receberem o bônus ( a empresa deixou claro para ele que foi pelos problemas ocorridos na implantação do ERP).
Os demais gestores da empresa, inclusive os responsáveis nas áreas usuárias do sistema (que também tinham responsabilidade pelo sucesso o insucesso do projeto), receberam integramente seu bônus.
Fiquei “de boca aberta”, parado, olhando pra ele sem saber o que dizer quando me relatou em detalhes o fato. Ainda mais sabendo de todo o esforço que foi feito. Literalmente,ele ficou muitas noites sem dormir por conta do alto grau de comprometimento com o objetivo da empresa = implantar um “novo sistema de gestão para dar o salto de qualidade da organização”.
Deu vontade de ir até o diretor presidente desta empresa e explicar que a implantação e o sucesso de projetos deste tipo não dependem só da tecnologia ( será que ele não sabe disto?).
Parece até piada: aquele que trabalha e luta para mudar e fazer mais é punido. Que critério mais absurdo! Que falta de respeito! Só posso ficar impressionado com a capacidade que algumas organizações têm de administrar os seus recursos humanos ( e o diretor de RH desta empresa? como é que ele deixa fazer isto?).
Imagino quanto motivado encontra-se o colega para continuar fazendo o seu trabalho e liderando sua equipe. O objetivo foi atingir o bolso (dizem ser o órgão mais sensível do corpo humano) mas o golpe mortal foi no coração.
Aja capacidade de superação.
É.... Vamos em frente.
Juliana teve uma lesão no joelho e iniciou um processo intensivo buscando a recuperação que lhe daria a condição de participar dos jogos junto com sua parceira. Não deu.
Dois dias antes do inicio dos jogos, apesar de todos os esforços e de uso da todas as técnicas da medicina desportiva, foi necessário chamar a veterana Ana Paula para compor a dupla brasileira.
Muita tristeza e frustração de Juliana. Porque o que um atleta de alto nível mais quer na vida e participar de uma competição como a Olimpíada. Ser impedido de participar por motivo de lesão e ser cortado dias antes do inicio das provas deve ser insuportável. Acho que além do apoio técnico também é necessário um apoio psicológico para enfrentar situações como esta. A maior dor de Juliana não é a que ela sente no joelho. A dor maior é de ter feito todo o esforço (recuperação,preparação, treinamento, etc) e de não ter conseguido. Tem que ter grande capacidade de superação.
Vendo a reportagem na televisão eu me perguntava: Como Juliana irá suportará a frustração por não estar ao lado de Larissa?
Guardadas todas as proporções, situação altamente frustrante também vive um colega nosso de TI. Gerente de desenvolvimento de sistemas, ele participou como líder de uma das frentes de um projeto de implantação de ERP. O sistema, apesar de todos os problemas encontrados, iniciou a operação em janeiro.
O pagamento do seu bônus estava associado ao seu desempenho no projeto e sua principal meta era a implantação do sistema no prazo. Ele e mais dois colegas, todos participantes do projeto, foram os únicos dos 40 gestores na empresa a não receberem o bônus ( a empresa deixou claro para ele que foi pelos problemas ocorridos na implantação do ERP).
Os demais gestores da empresa, inclusive os responsáveis nas áreas usuárias do sistema (que também tinham responsabilidade pelo sucesso o insucesso do projeto), receberam integramente seu bônus.
Fiquei “de boca aberta”, parado, olhando pra ele sem saber o que dizer quando me relatou em detalhes o fato. Ainda mais sabendo de todo o esforço que foi feito. Literalmente,ele ficou muitas noites sem dormir por conta do alto grau de comprometimento com o objetivo da empresa = implantar um “novo sistema de gestão para dar o salto de qualidade da organização”.
Deu vontade de ir até o diretor presidente desta empresa e explicar que a implantação e o sucesso de projetos deste tipo não dependem só da tecnologia ( será que ele não sabe disto?).
Parece até piada: aquele que trabalha e luta para mudar e fazer mais é punido. Que critério mais absurdo! Que falta de respeito! Só posso ficar impressionado com a capacidade que algumas organizações têm de administrar os seus recursos humanos ( e o diretor de RH desta empresa? como é que ele deixa fazer isto?).
Imagino quanto motivado encontra-se o colega para continuar fazendo o seu trabalho e liderando sua equipe. O objetivo foi atingir o bolso (dizem ser o órgão mais sensível do corpo humano) mas o golpe mortal foi no coração.
Aja capacidade de superação.
É.... Vamos em frente.
sábado, 2 de agosto de 2008
Maslow, sua pirâmide e a TI das empresas.
Abrão Maslow foi um psicólogo americano que propôs uma hierarquia de necessidades que ficou conhecida como Pirâmide de Maslow.
A base da teoria de Maslow é que qualquer indivíduo, para alcançar a auto-realização – ultimo nível da pirâmide - deve primeiramente satisfazer as necessidades dos níveis anteriores. O foco e a energia da pessoa concentram-se em prover as necessidades dos níveis mais baixos antes de buscar os níveis superiores. Conforme Maslow, os degraus ou níveis da pirâmide são os seguintes:
1. necessidades fisiológicas ou básicas, tais como a fome, a sede, o sono e o sexo;
2. necessidades de segurança, que vão desde a simples necessidade de sentir-se seguro dentro de uma casa até as formas mais elaboradas de segurança como um emprego estável, um plano de saúde ou um seguro de vida;
3. necessidades sociais ou de amor, o afeto, a afeição e os sentimentos de pertencer a um grupo ou fazer parte de um clube;
4. necessidades de estima, que passam por duas vertentes, o reconhecimento das nossas capacidades pessoais e o reconhecimento dos outros face à nossa capacidade de adequação às funções que desempenhamos;
5. necessidades de auto-realização, em que o indivíduo procura tornar-se aquilo que ele pode ser.
A grande critica feitas a Teoria de Maslow e que alguns indivíduos sentem-se auto-realizados mesmo sem terem suprido totalmente suas necessidades fisiológicas, de segurança, sociais ou de estima ( níveis anteriores da pirâmide) e, segundo os seus críticos, este fato invalidaria toda a teoria.
Um outro ponto é que uma pessoa pode suprir parcialmente uma necessidade e já se considerar em próximo nível. Na prática existem pessoas que se sentem realizadas mesmo sem, por exemplo, ter onde morar ( ou sem ter resolvido plenamente esta questão) mas estas exceções não suficientes para tornar invalida toda a teoria.
Achei interessante fazer um exercício ( apesar nenhum embasamento cientifico): identificar em qual nível da pirâmide encontravam-se a TI das empresas que trabalhei. Se a teoria da pirâmide tem sentido e funciona com as pessoas ( apesar das criticas e exceções), deve funcionar também com as empresas e suas áreas de tecnologia.A lógica é entender qual a característica mais marcante ( na minha ótica) na relação da TI com a empresa, na forma como a TI é vista e usada ou como se insere dentro da estratégia corporativa.
Para evitar constrangimentos de ambas as partes, estou fazendo uma fotografia do momento que trabalhei nestas empresas. Esta visão não representa o momento atual. Também não vou falar da empresa onde hoje trabalho. Vou tentar ao máximo não identificá-las, mas vou colocá-las em ordem cronológica. Reforço: Isto é uma visão do passado. Hoje tudo pode ter mudado.
Então vamos ao exercício:
Empresa I: Naquele tempo ( era no século passado pessoal) nem existia o termo TI. Éramos da informática ( ou será que ainda era Processamento de Dados?) Éramos uma ilha de excelência dentro da organização(!!!???). Na verdade as empresas estavam vivendo um momento mágico de crescimento e investimento em Tecnologia. Acreditava-se que tudo poderia ser automatizado, éramos primitivos e iniciantes, mas tínhamos credibilidade. Ninguém tinha “sede”, “fome” ou “sono” e todos estavam muito seguros do caminho a seguir: era o caminho do reconhecimento da nossa capacidade de informáticos! Com certeza naquele momento éramos um nível 4! Sai da empresa nesta fase. Algum tempo depois os donos brigaram e a empresa foi dividida ( e acho que a informática caiu rapidamente do nível 4 para o 2).
Empresa II: Cheguei em meio a uma grande reestruturação: a empresa estava renovando os seus equipamentos e instalando mainframes de ultima geração ( muita insegurança, muitas noites sem dormir, muito stress). A expectativa era passar deste nível 1 para o 2 e 3 muito rápido. Mas nada é tão fácil e simples que não possa ficar difícil e complicado: o diretor de TI (ainda era de informática?) foi demitido e parte do projeto abortado. Alguns meses depois, um novo projeto: downsizing. Trocamos os servidores Mainframes por equipamentos menores, instalamos uma rede e a TI passou direto para o nível 4: todos consideravam o trabalho da TI ( acho que ainda era informática) muito bom. Passamos muito tempo neste estágio. Sai quando se iniciava um projeto de ERP. Pela excelente estrutura montada e a equipe de TI que a empresa tinha acredito que ficaram neste estágio por bastante tempo. Hoje a empresa foi vendida para um grande grupo multinacional e não tenho noticias qual nível eles estão.
Empresa III: Foi a minha experiência de construir do zero. Já éramos da Tecnologia da Informação, estávamos motivados e era fazer tudo (tudo novo)! Tínhamos o dinheiro, conhecimento, a vontade e o jeito de fazer ( dos Canadenses) em um novo negócio: telefonia celular. A TI era estratégica! Aprendi muito e, apesar de todas as noites sem dormir e o stress natural das responsabilidades de fazer acontecer, considero a experiência profissional mais gratificante que tive ( com certeza para mim foi nível 5). Tive excelentes resultados, fiquei 3 anos e sai quando a empresa foi comprada pelos Mexicanos. Fui para a outra.
Empresa IV: Foi o maior desafio de motivacional que tive. Era bem longe de casa, o ambiente tecnológico estava desatualizado, a TI não tinha uma boa imagem, era vista como “gastona”, não estratégica e com poucos resultados ( TI era um mal necessário). A equipe era muito boa e sofriamos junto. Para complementar: a empresa também não ia bem das pernas (fruto de investimentos feitos sem o devido critério) e quase faliu. Passe seis anos lá e, graças a equipe e apesar de tudo, conseguimos fazer muitas coisas. Mas a impressão que sempre ficava era que, dia após dia, tínhamos que lutar unicamente para nós mantermos vivos. O ambiente para TI na empresa era hostil. Era pela sobrevivência que se trabalhava. Estávamos na base da pirâmide (nível 1) com toda a certeza.
Quer arriscar e fazer a sua avaliação?
Então... Vamos em frente!
A base da teoria de Maslow é que qualquer indivíduo, para alcançar a auto-realização – ultimo nível da pirâmide - deve primeiramente satisfazer as necessidades dos níveis anteriores. O foco e a energia da pessoa concentram-se em prover as necessidades dos níveis mais baixos antes de buscar os níveis superiores. Conforme Maslow, os degraus ou níveis da pirâmide são os seguintes:
1. necessidades fisiológicas ou básicas, tais como a fome, a sede, o sono e o sexo;
2. necessidades de segurança, que vão desde a simples necessidade de sentir-se seguro dentro de uma casa até as formas mais elaboradas de segurança como um emprego estável, um plano de saúde ou um seguro de vida;
3. necessidades sociais ou de amor, o afeto, a afeição e os sentimentos de pertencer a um grupo ou fazer parte de um clube;
4. necessidades de estima, que passam por duas vertentes, o reconhecimento das nossas capacidades pessoais e o reconhecimento dos outros face à nossa capacidade de adequação às funções que desempenhamos;
5. necessidades de auto-realização, em que o indivíduo procura tornar-se aquilo que ele pode ser.
A grande critica feitas a Teoria de Maslow e que alguns indivíduos sentem-se auto-realizados mesmo sem terem suprido totalmente suas necessidades fisiológicas, de segurança, sociais ou de estima ( níveis anteriores da pirâmide) e, segundo os seus críticos, este fato invalidaria toda a teoria.
Um outro ponto é que uma pessoa pode suprir parcialmente uma necessidade e já se considerar em próximo nível. Na prática existem pessoas que se sentem realizadas mesmo sem, por exemplo, ter onde morar ( ou sem ter resolvido plenamente esta questão) mas estas exceções não suficientes para tornar invalida toda a teoria.
Achei interessante fazer um exercício ( apesar nenhum embasamento cientifico): identificar em qual nível da pirâmide encontravam-se a TI das empresas que trabalhei. Se a teoria da pirâmide tem sentido e funciona com as pessoas ( apesar das criticas e exceções), deve funcionar também com as empresas e suas áreas de tecnologia.A lógica é entender qual a característica mais marcante ( na minha ótica) na relação da TI com a empresa, na forma como a TI é vista e usada ou como se insere dentro da estratégia corporativa.
Para evitar constrangimentos de ambas as partes, estou fazendo uma fotografia do momento que trabalhei nestas empresas. Esta visão não representa o momento atual. Também não vou falar da empresa onde hoje trabalho. Vou tentar ao máximo não identificá-las, mas vou colocá-las em ordem cronológica. Reforço: Isto é uma visão do passado. Hoje tudo pode ter mudado.
Então vamos ao exercício:
Empresa I: Naquele tempo ( era no século passado pessoal) nem existia o termo TI. Éramos da informática ( ou será que ainda era Processamento de Dados?) Éramos uma ilha de excelência dentro da organização(!!!???). Na verdade as empresas estavam vivendo um momento mágico de crescimento e investimento em Tecnologia. Acreditava-se que tudo poderia ser automatizado, éramos primitivos e iniciantes, mas tínhamos credibilidade. Ninguém tinha “sede”, “fome” ou “sono” e todos estavam muito seguros do caminho a seguir: era o caminho do reconhecimento da nossa capacidade de informáticos! Com certeza naquele momento éramos um nível 4! Sai da empresa nesta fase. Algum tempo depois os donos brigaram e a empresa foi dividida ( e acho que a informática caiu rapidamente do nível 4 para o 2).
Empresa II: Cheguei em meio a uma grande reestruturação: a empresa estava renovando os seus equipamentos e instalando mainframes de ultima geração ( muita insegurança, muitas noites sem dormir, muito stress). A expectativa era passar deste nível 1 para o 2 e 3 muito rápido. Mas nada é tão fácil e simples que não possa ficar difícil e complicado: o diretor de TI (ainda era de informática?) foi demitido e parte do projeto abortado. Alguns meses depois, um novo projeto: downsizing. Trocamos os servidores Mainframes por equipamentos menores, instalamos uma rede e a TI passou direto para o nível 4: todos consideravam o trabalho da TI ( acho que ainda era informática) muito bom. Passamos muito tempo neste estágio. Sai quando se iniciava um projeto de ERP. Pela excelente estrutura montada e a equipe de TI que a empresa tinha acredito que ficaram neste estágio por bastante tempo. Hoje a empresa foi vendida para um grande grupo multinacional e não tenho noticias qual nível eles estão.
Empresa III: Foi a minha experiência de construir do zero. Já éramos da Tecnologia da Informação, estávamos motivados e era fazer tudo (tudo novo)! Tínhamos o dinheiro, conhecimento, a vontade e o jeito de fazer ( dos Canadenses) em um novo negócio: telefonia celular. A TI era estratégica! Aprendi muito e, apesar de todas as noites sem dormir e o stress natural das responsabilidades de fazer acontecer, considero a experiência profissional mais gratificante que tive ( com certeza para mim foi nível 5). Tive excelentes resultados, fiquei 3 anos e sai quando a empresa foi comprada pelos Mexicanos. Fui para a outra.
Empresa IV: Foi o maior desafio de motivacional que tive. Era bem longe de casa, o ambiente tecnológico estava desatualizado, a TI não tinha uma boa imagem, era vista como “gastona”, não estratégica e com poucos resultados ( TI era um mal necessário). A equipe era muito boa e sofriamos junto. Para complementar: a empresa também não ia bem das pernas (fruto de investimentos feitos sem o devido critério) e quase faliu. Passe seis anos lá e, graças a equipe e apesar de tudo, conseguimos fazer muitas coisas. Mas a impressão que sempre ficava era que, dia após dia, tínhamos que lutar unicamente para nós mantermos vivos. O ambiente para TI na empresa era hostil. Era pela sobrevivência que se trabalhava. Estávamos na base da pirâmide (nível 1) com toda a certeza.
Quer arriscar e fazer a sua avaliação?
Então... Vamos em frente!
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Perdendo Pontos
Quando se deve trocar de empresa e buscar um novo desafio profissional?
Encontrei hoje um ex-colega, falavamos da minha saida da empresa e estavamos discutindo quando lembramos a frase dita por um antigo diretor:
“Todos nós iniciamos em uma empresa com 100 pontos e, na medida em que o tempo passa e vamos perdendo estes pontos. Não ganhamos pontos, somente perdemos. Alguns perdem mais rápido, outros mais lentamente, mas invariável em um determinado momento, perderemos todos os nossos seus pontos.”
Esta é a verdade! Dita em poucas palavras - sintético e objetivo.
E é assim que funciona, pois na medida em que vamos tomando decisões dentro da organização, fazendo opções, escolhendo caminhos, fazendo alianças ou colhendo inimizades, nossa conta corrente de credibilidade e confiança vai reduzindo. É um desgaste que vai acontecendo naturalmente, às vezes de forma imperceptível.
E pobre daqueles (seriam os otimistas?) que acreditam que as iniciativas de sucesso somam pontos. Negativo! Iniciativas de sucesso (que podem ser muitas) apenas contribuem para diminuir a velocidade da perda. A verdade, nua e crua é: apenas perdemos pontos.
Dito isto fica mais fácil de entender e aceitar que existe um momento em que é melhor sair da empresa e buscar uma nova oportunidade do que permanecer e lutar até o final das forças( se tiver força para lutar). A decisão (de trocar ou permanecer) leva em conta quanto se está desgastado e quanto é importante lutar para permanecer ( é uma avaliação muito pessoal).
Mas como descobrir quantos pontos se tem? As vezes basta apenas dar uma olhada em volta ou falar uns minutinhos com o seu chefe! Difícil é aceitar uma contabilidade com saldo perto do zero e tomar a decisão definitiva de sair. Posso afirmar pela minha experiência: trocar sempre é uma boa!
Vamos em frente!
Encontrei hoje um ex-colega, falavamos da minha saida da empresa e estavamos discutindo quando lembramos a frase dita por um antigo diretor:
“Todos nós iniciamos em uma empresa com 100 pontos e, na medida em que o tempo passa e vamos perdendo estes pontos. Não ganhamos pontos, somente perdemos. Alguns perdem mais rápido, outros mais lentamente, mas invariável em um determinado momento, perderemos todos os nossos seus pontos.”
Esta é a verdade! Dita em poucas palavras - sintético e objetivo.
E é assim que funciona, pois na medida em que vamos tomando decisões dentro da organização, fazendo opções, escolhendo caminhos, fazendo alianças ou colhendo inimizades, nossa conta corrente de credibilidade e confiança vai reduzindo. É um desgaste que vai acontecendo naturalmente, às vezes de forma imperceptível.
E pobre daqueles (seriam os otimistas?) que acreditam que as iniciativas de sucesso somam pontos. Negativo! Iniciativas de sucesso (que podem ser muitas) apenas contribuem para diminuir a velocidade da perda. A verdade, nua e crua é: apenas perdemos pontos.
Dito isto fica mais fácil de entender e aceitar que existe um momento em que é melhor sair da empresa e buscar uma nova oportunidade do que permanecer e lutar até o final das forças( se tiver força para lutar). A decisão (de trocar ou permanecer) leva em conta quanto se está desgastado e quanto é importante lutar para permanecer ( é uma avaliação muito pessoal).
Mas como descobrir quantos pontos se tem? As vezes basta apenas dar uma olhada em volta ou falar uns minutinhos com o seu chefe! Difícil é aceitar uma contabilidade com saldo perto do zero e tomar a decisão definitiva de sair. Posso afirmar pela minha experiência: trocar sempre é uma boa!
Vamos em frente!
sábado, 19 de julho de 2008
E os profissionais de TI?
Uma das grandes dificuldades que tenho enfrentado é a contração de profissionais especializados de TI para as empresas em que eu trabalho.
Não deixa de ser contraditório: em um país com altas taxas de desemprego e com uma necessidade cada vez maior de dar oportunidades, principalmente para os mais jovens: temos vagas mas não conseguimos encontrar as pessoas! E mesmo com a explosão de cursos de todo o tipo ( graduação, especialização, presencial, via web,etc) o grande problema continua sendo a falta de qualificação.
Na verdade, mesmo os profissionais que investiram na sua formação, freqüentaram bons cursos de graduação (e nas melhores universidades) estão com alguma dificuldade de colocação no mercado de trabalho. As empresas tem necessidades de uma determinada formação ( sempre mais especializada) e a academia dá uma visão generalista e sem profundidade. O cara sai de um curso de 4 anos sabendo pouco e não do que realmente o mercado precisa.
Salvam-se aquelas (poucas) organizações que estão investindo constantemente na formação de seu corpo técnicos, que investem no treinamento e que tem um bom programa para retenção. Todas as demais estão tendo o mesmo problema:
- Muito Prazer. Sou a Maria da YXZ Consultoria de Recursos Humanos.
- Prazer. Sou o Guilherme Costa da TI.
- Nós já nos conhecemos? YXZ é uma consultoria que prestou serviços a grandes empresas aqui do sul... Temos muita experiência em recrutamento de TI. Achamos o que vocês precisam.
- Talvez... quem sabe foi da minha empresa anterior..Pois bem: precisamos um profissional de Telecom e Telefonia. Ele basicamente deve conhecer protocolos de rede, gerenciar e configurar roteadores e switchs. Conhecer sistemas operacionais Windows e Linux, equipamentos e softwares de rede. Terá que se relacionar bem com a equipe e também fazer contato com operadoras. Vai estar sobre a coordenação do gerente de infra. Aqui está descrição completa do perfil. Somos uma empresa muito atrativa e praticamos o salário do mercado.O nosso pessoal do RH pode lhe informar a faixa salarial para o cargo e os demais benefícios.
- Mas... (lendo um pouco o perfil e com a cara de dúvida).. Precisa saber tudo isto?Vocês não estão precisando de alguém que conheça Java? Temos um que é uma beleza de pessoa. Saiu da faculdade no ano passado e já fez até pós-graduação.
- Infelizmente não. Não temos desenvolvedores na nossa equipe. Mas temos presa em encontrar um profissional de Telecom. O nosso problema é na infra-estrutura. Estou com muita dificuldade de encontrar este profissional. Não há necessidade de formação acadêmica completa mas tem que ter alguma experiência.
- Infra-estrutura! Há ... Tenho um profissional que trabalhou como terceirizado na Gerdau. Ele também é muito bom...
- O que ele fazia na Gerdau?
- Fazia de tudo! Muito bom... Arrumava os micros... Auxiliava o pessoal a fazer planilha no excel..
- Não. Não precisamos alguém de Service Desk. Como senhora ( tentando ser muito paciente!) pode ver pelo descrição do perfil estamos procurando uma pessoa que tenha conhecimento e experiência em Telecom....Estamos com dificuldades de achar e por isto que estamos contratando uma empresa.
- É... Vai ser muito difícil (completando a leitura de todo o perfil)...Mas seu Guilherme ... isto é quase um Super-Homem...
É dureza! mas...Vamos em frente!
Não deixa de ser contraditório: em um país com altas taxas de desemprego e com uma necessidade cada vez maior de dar oportunidades, principalmente para os mais jovens: temos vagas mas não conseguimos encontrar as pessoas! E mesmo com a explosão de cursos de todo o tipo ( graduação, especialização, presencial, via web,etc) o grande problema continua sendo a falta de qualificação.
Na verdade, mesmo os profissionais que investiram na sua formação, freqüentaram bons cursos de graduação (e nas melhores universidades) estão com alguma dificuldade de colocação no mercado de trabalho. As empresas tem necessidades de uma determinada formação ( sempre mais especializada) e a academia dá uma visão generalista e sem profundidade. O cara sai de um curso de 4 anos sabendo pouco e não do que realmente o mercado precisa.
Salvam-se aquelas (poucas) organizações que estão investindo constantemente na formação de seu corpo técnicos, que investem no treinamento e que tem um bom programa para retenção. Todas as demais estão tendo o mesmo problema:
- Muito Prazer. Sou a Maria da YXZ Consultoria de Recursos Humanos.
- Prazer. Sou o Guilherme Costa da TI.
- Nós já nos conhecemos? YXZ é uma consultoria que prestou serviços a grandes empresas aqui do sul... Temos muita experiência em recrutamento de TI. Achamos o que vocês precisam.
- Talvez... quem sabe foi da minha empresa anterior..Pois bem: precisamos um profissional de Telecom e Telefonia. Ele basicamente deve conhecer protocolos de rede, gerenciar e configurar roteadores e switchs. Conhecer sistemas operacionais Windows e Linux, equipamentos e softwares de rede. Terá que se relacionar bem com a equipe e também fazer contato com operadoras. Vai estar sobre a coordenação do gerente de infra. Aqui está descrição completa do perfil. Somos uma empresa muito atrativa e praticamos o salário do mercado.O nosso pessoal do RH pode lhe informar a faixa salarial para o cargo e os demais benefícios.
- Mas... (lendo um pouco o perfil e com a cara de dúvida).. Precisa saber tudo isto?Vocês não estão precisando de alguém que conheça Java? Temos um que é uma beleza de pessoa. Saiu da faculdade no ano passado e já fez até pós-graduação.
- Infelizmente não. Não temos desenvolvedores na nossa equipe. Mas temos presa em encontrar um profissional de Telecom. O nosso problema é na infra-estrutura. Estou com muita dificuldade de encontrar este profissional. Não há necessidade de formação acadêmica completa mas tem que ter alguma experiência.
- Infra-estrutura! Há ... Tenho um profissional que trabalhou como terceirizado na Gerdau. Ele também é muito bom...
- O que ele fazia na Gerdau?
- Fazia de tudo! Muito bom... Arrumava os micros... Auxiliava o pessoal a fazer planilha no excel..
- Não. Não precisamos alguém de Service Desk. Como senhora ( tentando ser muito paciente!) pode ver pelo descrição do perfil estamos procurando uma pessoa que tenha conhecimento e experiência em Telecom....Estamos com dificuldades de achar e por isto que estamos contratando uma empresa.
- É... Vai ser muito difícil (completando a leitura de todo o perfil)...Mas seu Guilherme ... isto é quase um Super-Homem...
É dureza! mas...Vamos em frente!
Chama o pessoal da TI!
Tive a feliz experiência este mês de ver concluído dois projetos.
Participei da etapa final de dois projetos que mostram um alto grau de comprometimento com a gestão de Tecnologia da Informação da empresa onde trabalho: O catálogo de serviços de TI e o relatório de avaliação da Maturidade do Cobit.
Resumidamente: o catálogo é um item valioso que nos auxiliará a melhorar a prestação de serviços de TI e vai dar mais clareza do papel exercido pela TI dentro da organização. Já a análise de maturidade do COBIT traça um panorama de como estamos e ajuda a elaborar um plano de ação para as mudanças e melhorias que acharmos conveniente e que poderemos executar no médio e longo prazo.
Mas o que me chamou atenção nestes dois projetos é como a TI evoluiu em relação a metodologia, ferramentas e a processos de governança. Hoje, de maneira geral, a TI está bem a frente na utilização de técnicas de gestão em relação aos demais departamentos da empresa.
Um efeito colateral (indesejável) deste crescimento de TI é de a organização achar que “tudo é de TI”. Algumas pessoas não compreendem os limites de atuação da TI (independente de quanto este seja abrangente e complexo) pois acreditam que a tecnologia pode resolver todos os problemas e que o “pessoal da TI” tem todas as respostas.
É mas ....Cuidado: Tecnologia não é tudo e o pessoal de TI não sabe tudo...
As soluções para empresa não são só TI. Elas dependem de pessoas comprometidas nas áreas de negocio, de processos adequados, de método e de energia. É um grande erro achar que só Tecnologia da Informação é garantia de sucesso para tudo.
Podemos contribuir mas conseguimos fazer o trabalho sozinhos.
E foi ai que lembrei aquela famosa piada que recebi estes dias por email:
“Se mexer, pertence a Biologia.
Se feder, pertence a Química.
Se não funcionar, pertence a Física.
Se ninguém entende, é matemática!
Se não faz muito sentido e é complicado: ai é economia ou psicologia!
Agora: Se não mexe, não fede, não funciona, ninguém entende, não faz sentido e é complicado, com certeza: é da TI!!!”
Então ....Chama os caras da TI!
Vamos em frente!
Participei da etapa final de dois projetos que mostram um alto grau de comprometimento com a gestão de Tecnologia da Informação da empresa onde trabalho: O catálogo de serviços de TI e o relatório de avaliação da Maturidade do Cobit.
Resumidamente: o catálogo é um item valioso que nos auxiliará a melhorar a prestação de serviços de TI e vai dar mais clareza do papel exercido pela TI dentro da organização. Já a análise de maturidade do COBIT traça um panorama de como estamos e ajuda a elaborar um plano de ação para as mudanças e melhorias que acharmos conveniente e que poderemos executar no médio e longo prazo.
Mas o que me chamou atenção nestes dois projetos é como a TI evoluiu em relação a metodologia, ferramentas e a processos de governança. Hoje, de maneira geral, a TI está bem a frente na utilização de técnicas de gestão em relação aos demais departamentos da empresa.
Um efeito colateral (indesejável) deste crescimento de TI é de a organização achar que “tudo é de TI”. Algumas pessoas não compreendem os limites de atuação da TI (independente de quanto este seja abrangente e complexo) pois acreditam que a tecnologia pode resolver todos os problemas e que o “pessoal da TI” tem todas as respostas.
É mas ....Cuidado: Tecnologia não é tudo e o pessoal de TI não sabe tudo...
As soluções para empresa não são só TI. Elas dependem de pessoas comprometidas nas áreas de negocio, de processos adequados, de método e de energia. É um grande erro achar que só Tecnologia da Informação é garantia de sucesso para tudo.
Podemos contribuir mas conseguimos fazer o trabalho sozinhos.
E foi ai que lembrei aquela famosa piada que recebi estes dias por email:
“Se mexer, pertence a Biologia.
Se feder, pertence a Química.
Se não funcionar, pertence a Física.
Se ninguém entende, é matemática!
Se não faz muito sentido e é complicado: ai é economia ou psicologia!
Agora: Se não mexe, não fede, não funciona, ninguém entende, não faz sentido e é complicado, com certeza: é da TI!!!”
Então ....Chama os caras da TI!
Vamos em frente!
O ótimo é inimigo do bom e a minha viagem a Floripa.
Toda vez que eu escuto alguém falar que o ótimo é inimigo do bom eu lembro de minha primeira viagem a Florianópolis.
Era 1988, eu tinha um Passat 77 e resolvi que iria conhecer as praias de Floripa! Acontece que o carro ( que já não era nada novo e não estava bem conservado) tinha uma tecnologia antiga e já no inicio da viagem teve problemas em uma válvula do radiador ( diagnóstico posterior do mecânico) que fazia ele aquecer acima do limite normal.
Era cancelar a viagem ou, de tempos em tempos, completar a água do radiador. A decisâo foi ir em frente.Fiz a viagem em 14 horas. Chegamos, curtimos as praias, consertamos a válvula em Floripa e a viagem de retorno foi em 10 horas.
Em relação a comunicação remota da empresa, o ótimo é inimigo do bom(e o ótimo é ótimo!). Buscar a melhor performance é o objetivo. Hoje os limitadores são a tecnologia e o preço ( o que se quer é ter nos locais remotos velocidades idênticas as da rede remota). Em termos de tecnologia, as rede metropolitanas com fibra ótica nas cidades e o WiMax - rede de alta velocidade wireless – para os locais mais distantes, são possibilidade futuras. Em termos de preço, que se observa com o correr do tempo, é uma redução no custo dos bytes transmitidos.
Mas o que se quer, e que nem sempre se pode pagar, é ter a melhor velocidade e performance (uma alternativa é buscar componentes aceleradores de rede).Efetuar upgrade nos links até o limite da capacidade ténica e financeira tem sido a solução. Uma velocidade maior sempre será melhor para quem usa, e a situação atual nunca é suficiente. O bom não é suficiente. Queremos o ótimo.
Alguns anos depois, consegui comprar um carro zero e a viagem inaugural foi novamente a Floripa. Levei 6 horas. O ótimo é ótimo.
* texto escrito em janeiro/2007 - ainda está valendo
Era 1988, eu tinha um Passat 77 e resolvi que iria conhecer as praias de Floripa! Acontece que o carro ( que já não era nada novo e não estava bem conservado) tinha uma tecnologia antiga e já no inicio da viagem teve problemas em uma válvula do radiador ( diagnóstico posterior do mecânico) que fazia ele aquecer acima do limite normal.
Era cancelar a viagem ou, de tempos em tempos, completar a água do radiador. A decisâo foi ir em frente.Fiz a viagem em 14 horas. Chegamos, curtimos as praias, consertamos a válvula em Floripa e a viagem de retorno foi em 10 horas.
Em relação a comunicação remota da empresa, o ótimo é inimigo do bom(e o ótimo é ótimo!). Buscar a melhor performance é o objetivo. Hoje os limitadores são a tecnologia e o preço ( o que se quer é ter nos locais remotos velocidades idênticas as da rede remota). Em termos de tecnologia, as rede metropolitanas com fibra ótica nas cidades e o WiMax - rede de alta velocidade wireless – para os locais mais distantes, são possibilidade futuras. Em termos de preço, que se observa com o correr do tempo, é uma redução no custo dos bytes transmitidos.
Mas o que se quer, e que nem sempre se pode pagar, é ter a melhor velocidade e performance (uma alternativa é buscar componentes aceleradores de rede).Efetuar upgrade nos links até o limite da capacidade ténica e financeira tem sido a solução. Uma velocidade maior sempre será melhor para quem usa, e a situação atual nunca é suficiente. O bom não é suficiente. Queremos o ótimo.
Alguns anos depois, consegui comprar um carro zero e a viagem inaugural foi novamente a Floripa. Levei 6 horas. O ótimo é ótimo.
* texto escrito em janeiro/2007 - ainda está valendo
quarta-feira, 16 de julho de 2008
A Familia Wallenda
A historia da Familia Wallenda é pouco conhecida mas extremamente interessante.
Eles formavam uma equipe de circo "Os Wallendas Voadores" e, na primeira metade do seculo passado, ficaram conhecidos pelas acrobacias em locais imprevistos e alturas inimaginaveis sem nenhum tipo de rede de segurança.
"Correr altos riscos e alcançar grandes resultados" - este parecia ser o lema dos Wallendas. O patriarca da familia Karl Wallenda morreu aos 70 anos ao cair de uma altura de 40 metros quando tentava a travessia entre dois predios em Porto Rico. Diz a historia que isto aconteceu porque ele - pela primeira vez - começou a pensar sobre a possibilidade de cair, ao invés de se concentrar no caminhar na corda ele começara a concentrar sua energia em não cair...
Chama-se de "Fator Wallenda" (segundo Warren Bennis em "Management of Self" - fonte apostila FGV) a capacidade que um executivo tem de "concentrar sua energia na busca de sucesso, ao invés de desperdiçá-la tentando evitar o fracasso". para Warren se o empreendedor ou executivo estiver concentrado na busca do verdadeiro resultado, ele é capaz de trabalhar com niveis de riscos muito altos e alcançar resultados relevantes e surprendentes. Há diversos casos na literatura de de executivos, politicos e empreendedores que estiveram "no limite da responsabilidade" correndo risco acima do aceitável.
Em tempos de valorização da Governança Corporativa, algumas organizações tem buscando, através de alçadas, da utilização de normas, processos e auditorias constantes, a redução da autonomia do corpo diretivo das organizações. O objetivo é dar alguma proteção ao corpo de acionistas. Os executivos podem correr risco até o limite da sua alçada. Aventureiros trapecistas não são benvidos nestas empresas.
No entanto ainda existe empresas que valorizam executivos que tem a capacidade de trabalhar em níveis de riscos acima do aceitável desde que possam, em contra-partida, ter resultados excepcionais. Evidentemente que ( faz parte do risco) não existem garantias no alcance do resultado. A vida torna-se mais emocionante e perigosa na medida que a escala se aproxima do vermelho no "riscometro". Viver é uma aventura.
Algumas empresas, apesar de não conhecer o "Fator Wallenda" , por definição dos seus executivos, trabalham no limite do risco em alguns processos de negocio.
Estar no limite é uma estratégia que busca utilizar ao maximo os ativos trazendo ao máximo a produtividade. Correr risco faz parte do negocio.
Mas qual o nivel de risco aceitável? Até onde podemos ir? Qual alçada de cada executivo? Somos trapezistas experientes ou apenas assistimos ao espetáculo?
Vamos em frente.
* texto escrito em out/2005.
Eles formavam uma equipe de circo "Os Wallendas Voadores" e, na primeira metade do seculo passado, ficaram conhecidos pelas acrobacias em locais imprevistos e alturas inimaginaveis sem nenhum tipo de rede de segurança.
"Correr altos riscos e alcançar grandes resultados" - este parecia ser o lema dos Wallendas. O patriarca da familia Karl Wallenda morreu aos 70 anos ao cair de uma altura de 40 metros quando tentava a travessia entre dois predios em Porto Rico. Diz a historia que isto aconteceu porque ele - pela primeira vez - começou a pensar sobre a possibilidade de cair, ao invés de se concentrar no caminhar na corda ele começara a concentrar sua energia em não cair...
Chama-se de "Fator Wallenda" (segundo Warren Bennis em "Management of Self" - fonte apostila FGV) a capacidade que um executivo tem de "concentrar sua energia na busca de sucesso, ao invés de desperdiçá-la tentando evitar o fracasso". para Warren se o empreendedor ou executivo estiver concentrado na busca do verdadeiro resultado, ele é capaz de trabalhar com niveis de riscos muito altos e alcançar resultados relevantes e surprendentes. Há diversos casos na literatura de de executivos, politicos e empreendedores que estiveram "no limite da responsabilidade" correndo risco acima do aceitável.
Em tempos de valorização da Governança Corporativa, algumas organizações tem buscando, através de alçadas, da utilização de normas, processos e auditorias constantes, a redução da autonomia do corpo diretivo das organizações. O objetivo é dar alguma proteção ao corpo de acionistas. Os executivos podem correr risco até o limite da sua alçada. Aventureiros trapecistas não são benvidos nestas empresas.
No entanto ainda existe empresas que valorizam executivos que tem a capacidade de trabalhar em níveis de riscos acima do aceitável desde que possam, em contra-partida, ter resultados excepcionais. Evidentemente que ( faz parte do risco) não existem garantias no alcance do resultado. A vida torna-se mais emocionante e perigosa na medida que a escala se aproxima do vermelho no "riscometro". Viver é uma aventura.
Algumas empresas, apesar de não conhecer o "Fator Wallenda" , por definição dos seus executivos, trabalham no limite do risco em alguns processos de negocio.
Estar no limite é uma estratégia que busca utilizar ao maximo os ativos trazendo ao máximo a produtividade. Correr risco faz parte do negocio.
Mas qual o nivel de risco aceitável? Até onde podemos ir? Qual alçada de cada executivo? Somos trapezistas experientes ou apenas assistimos ao espetáculo?
Vamos em frente.
* texto escrito em out/2005.
terça-feira, 15 de julho de 2008
Dilemas da Infra de TI
Desde criança sempre fui fascinado pelo futebol.
O futebol é um esporte coletivo que trabalha recursos individuais e de equipe e utiliza estratégias e táticas para alcançar seus objetivos. A eficácia e o sucesso de uma equipe acontece quando ela consegue maximizar o uso e as habilidades de seus componentes em conjunto com uma determinada estratégia utilizando-se das táticas do jogo.
Posso dizer que uma parte disto também acontece em Tecnologia da Informação: a eficácia e o alcance dos objetivos estão diretamente associados a existência e a forma correta de uso dos recursos. A estratégia define os recursos, os objetivos e as táticas que deverão ser usadas.
A definição de uso de uma determinada tecnologia (que cria um ambiente de infra-homogêneo) pode ser uma estratégica, principalmente quando isto estiver relacionado com um ganho efetivo para o negocio da empresa. É claro que a utilização de padrões tecnológicos, apesar de mais trabalhoso, traz uma eficácia maior no médio e longo prazo, acaba tornando-se mais barato, e isto é benéfico para o negocio: a padronização de tecnologia é uma boa tática.
Porém, na maioria das vezes, a estratégia e atender de forma rápida e pragmática as necessidades de negocio e, que nestes casos, nunca estão associadas a um planejamento de longo prazo e na maioria das vezes privilegiam as soluções de custo financeiras mais baixas (bilhete de entrada pequeno) e de rápida implantação (o padrão tecnológico é abandonado e se cria um ambiente heterogêneo de infra). Evidentemente que há um descompasso entre a estratégia imediatista e uma tática mais formatada: benéfica somente no médio e longo prazo (os padrões somente se consolidam após um bom tempo e muito trabalho).
Então o que fazer? Uma das respostas pode ser: adaptar-se as estas necessidades e atendê-las seguindo a estratégia maior da organização (pragmática e rápida).
As outras respostas... bom ... voltamos ao futebol....
nota: texto escrito em 18/10/2002. Continua valendo.
O futebol é um esporte coletivo que trabalha recursos individuais e de equipe e utiliza estratégias e táticas para alcançar seus objetivos. A eficácia e o sucesso de uma equipe acontece quando ela consegue maximizar o uso e as habilidades de seus componentes em conjunto com uma determinada estratégia utilizando-se das táticas do jogo.
Posso dizer que uma parte disto também acontece em Tecnologia da Informação: a eficácia e o alcance dos objetivos estão diretamente associados a existência e a forma correta de uso dos recursos. A estratégia define os recursos, os objetivos e as táticas que deverão ser usadas.
A definição de uso de uma determinada tecnologia (que cria um ambiente de infra-homogêneo) pode ser uma estratégica, principalmente quando isto estiver relacionado com um ganho efetivo para o negocio da empresa. É claro que a utilização de padrões tecnológicos, apesar de mais trabalhoso, traz uma eficácia maior no médio e longo prazo, acaba tornando-se mais barato, e isto é benéfico para o negocio: a padronização de tecnologia é uma boa tática.
Porém, na maioria das vezes, a estratégia e atender de forma rápida e pragmática as necessidades de negocio e, que nestes casos, nunca estão associadas a um planejamento de longo prazo e na maioria das vezes privilegiam as soluções de custo financeiras mais baixas (bilhete de entrada pequeno) e de rápida implantação (o padrão tecnológico é abandonado e se cria um ambiente heterogêneo de infra). Evidentemente que há um descompasso entre a estratégia imediatista e uma tática mais formatada: benéfica somente no médio e longo prazo (os padrões somente se consolidam após um bom tempo e muito trabalho).
Então o que fazer? Uma das respostas pode ser: adaptar-se as estas necessidades e atendê-las seguindo a estratégia maior da organização (pragmática e rápida).
As outras respostas... bom ... voltamos ao futebol....
nota: texto escrito em 18/10/2002. Continua valendo.
Entâo... é assim que tudo começa!
Resolvi esta semana criar um blog com alguns textos relacionados as atividades que executo em meu trabalho.
Nâo será nada muito diferente dos tantos blogs já existentes por ai.
A ideia é ter um canal para expor algumas ideias, fatos e historias destes 26 anos de TI.
Acho que para começar já esta bom.
Vamos em frente.
Nâo será nada muito diferente dos tantos blogs já existentes por ai.
A ideia é ter um canal para expor algumas ideias, fatos e historias destes 26 anos de TI.
Acho que para começar já esta bom.
Vamos em frente.
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