terça-feira, 10 de novembro de 2015

Minha Historia em TI - Parte 3 - O aprendizado

Grupo Olvebra

Entrei na Olvebra Industria e Comercio de Óleos e Vegetais em 05 de novembro de 1984 como operador de computador Junior.

A Habitasul estava passando por um processo sério de falta de recursos  devido a crise financeira, uma possível união com o Banco Sulbrasileiro foi anunciada( o Sulbrasileiro possui uma área de Processamento de Dados forte = a Medidata), quando surgiu a oportunidade de trabalho, não tive duvida de mandar meu Currículo. 

A Olvebra Industrial fazia parte de um grande grupo de empresas( Companhia Riograndense de Adubos, EMBRASA, FITESA entre outras nas mais diversas áreas) e também buscava modernizar seu CPD adquirindo novos equipamentos.

Lembro ter sido entrevistado pelo chefe de operação, o Fonseca ( não tive mais contato com ele após minha saída da Olvebra) e pelo Renato Almada, gerente do Suporte Técnico ( que também perdi o contato mas soube que teve passagem como gerente de TI por outras empresas, entre elas a DIMED). 

O que contou muito na minha contratação era  ter experiencia de  operação de computador IBM 4381!
 Quando inicie o CPD da Olvebra era em um galpão na Rua Santos Dumond no bairro Floresta e,após mais ou menos  um ano, foi transferido para a rua Dr. Flores no centro da cidade.O engraçado na historia é que a Olvebra não tinha equipamento IBM e a minha experiencia ( que nem era tão grande assim)  não serviria para nada. Tive que aprender a operar um UNIVAC 9030 que era o mainframe utilizado para todo o processamento de dados do grupo.

A atualização tecnologia e a troca de fornecedor de equipamento levou bastante tempo para acontecer. A esperada mudança para  IBM teve várias etapas, muitas idas e vindas, inclusive com instalação provisória de um outro mainframe Burroughs ( A UNIVAC havia sido comprada pela Borroughs),  e finalmente foi realizada durante o ano de 1986.

Fiquei 4 anos na Olvebra e fui promovido  2 vezes, a primeira para operador de computador sênior e a segunda para programador de produção ( scheduller).  A responsabilidade do scheduller era a preparação e o acompanhamento das rotinas e dos jobs e considero que esta foi a minha primeira atividade de organização e  de gestão ( pois havia uma responsabilidade sobre o resultado do trabalho, solução de problemas, o controle e o comando informal da equipe). Acho que esta experiencia definiu minha opção pela Administração e não a uma continuidade de carreira técnica (sistemas ou suporte).

Reforço que naqueles tempos, apesar de o processamento de dados já estar consolidado como atividade importante nas empresas ( com algumas discussões calorosas sobre os custos da TI  permanecer por muito tempo até o entendimento da capacidade e do valor na automação dos processos), ainda se trabalhava de forma empírica e o conhecimento que era construído era especifico para cada organização (no Brasil somente na década de 90 iniciou-se a adoção de metodologias e de boas práticas). 
A mudança, padronização e melhoria dos processos dependia de um esforço muito grande da empresa e era muito difícil de ser vendido e adotado. Mas eu achei que o caminho era este.

Conheci muitas colegas na Olvebra que mantenho contato até hoje. Destaco o Guilherme Lessa, grande parceiro de TI que muitos anos depois foi meu diretor no Banco Matone; Gilberto Lanser  que continua na área e hoje trabalha na Oracle; Magda Targa que foi CIO da Unimed durante muito anos e hoje é professora. E outros que não sei por onde andam: Cassio, Guido, Fonseca, Loreto ( trabalhou comigo na Habitasul e na Olvebra), Gilnei,Ronald ( trabalha na ACECOTI) e por ai vai...

A saída da Olvebra foi em 21 de outubro de 1988 e o Grupo Ipiranga, como Analista de Produção, foi meu novo desafio.

Querem saber como foi? Aguardem meu o próximo post!

Univac 9030 - fonte Google


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