quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Minha Historia de TI - Consolidando o Conhecimento - Parte 4 - Fase II

Distribuidora Ipiranga - Downsize Mainframe para HP/RISC

De todas as empresas onde trabalhei, a Ipiranga foi onde me senti melhor acolhido. Além de ser um bom local de trabalho, com um ambiente corporativo saudável e um excelente grupo de pessoas, a empresa tinha uma sede social com piscinas, churrasqueiras e quadras de esportes que propiciava a integração do grupo de funcionários, em todos os níveis da hierarquia,  fora do ambiente normal de trabalho.

É claro que não eram todos os funcionários que aproveitavam estas facilidades ou considerável isto como um diferencial, mas em relação as demais empresas que fui funcionário, a Ipiranga foi a que melhor utilizou-se destes recursos para integrar a família ao ambiente de trabalho do funcionário.

Fiquei  10 anos no grupo Ipiranga e meus filhos cresceram indo quase todo o final de semana na sede do bairro Ponta Grossa em Porto Alegre e no período de ferias veranear na Colonia de Férias da Sameisa na Praia do Cassino em Rio Grande.

E sobre integração um grande destaque: joguei muito futebol e ganhei alguns torneios de futebol da DPPI! É claro que vários deles foram decididos pela habilidade do Gilmar, nosso "grande" centro avante e também pela força e empenho do Plínio ( também conhecido como "cavalo", o cara do meio do campo), mais o Gilnei, o Chamun, o Marroco, o Chico Serpa e  outros tantos que, como eu,suaram a camiseta da Informática e fizeram sua parte também dentro de campo.

Mas voltando a historia.

Após mais de 2 anos de trabalho, as migrações das aplicações para ambiente que foi montado em Porto Alegre esbarraram em um limitador: a capacidade de processamento do IBM 4341.

 Naquela época qualquer upgrade de servidor, no caso um mainframe IBM, era no mínimo um milhão de dolares! A  empresa não estava nenhum um pouco afim de gastar esta grana e continuar refém do fornecedor.

Também surgiam no ambiente corporativo algumas novidades tecnológicas que complicavam ainda mais a decisão de upgrade do mainframe: o crescimento do uso de redes de microcomputadores, o processamento distribuído, os processadores de arquitetura  RISC (Reduced Instruction Set Computer) instalados em uma categoria diferente de servidores de médio porte,etc. E todos com a promessa ( comprovada posteriormente) de um custo total menor do que o dos mainframes.

O maior problema era como utilizar todos os sistemas que já existiam ( e tinham sido construídos e/ou  migrados para o IBM) em uma outra plataforma pois a despesa de migrar tudo novamente não poderia ser maior do que manter a mesma infraestrutura e bancar o custo do upgrade da IBM. 

Naquele projeto aprendi algumas frases que me acompanharam durante toda a minha vida: "quando um problema é muito grande, divida em partes e execute por etapas" e também  " Façamos que nem o Jack, O estripador, e vamos por partes" e ainda " sopa quente se come pelas beiradas".

Optou-se por uma solução de substituição do Hardware por equipamentos de médio porte e preservação de todos os sistemas em Cobol existentes. Os fornecedores escolhidos foram a Medidata que tinha equipamentos da SUN, a Edisa com equipamentos HP e a IBM com a sua plataforma AIX-Risc e  AS400 (outra solução proprietária IBM). A equipe do projeto na DPPI era formada pelo  Jorge, Plinio, Chamun e eu (com o restante da galera dando apoio). As grande metas do projeto: avaliar os equipamentos, identificar o que tinha o melhor custo/beneficio, adquirir e instalar os equipamentos, migrar os sistemas existentes,desativar o IBM e o CPD da Andradas ( projeto com metas muito audaciosas e com grande risco).

Para avaliar os equipamentos e ter algum critério técnico, criamos um conjunto de testes (um programa em COBOL que executava um procedimento de leitura e gravação) em um script em linguagem Shell  do Unix/Hp-UX/AIX que informava ao fim dos processo os tempos de execução.

Neste época conheci o pessoal da EDISA (a Ipiranga já era cliente da Edisa para microcomputadores). Cito em especial neste projeto, o Miguel Galbarino, com quem trabalhei diversas outras vezes e tenho contato até hoje. Foi o Galba quem me auxiliou na execução de todas as atividades de teste dos equipamentos  Risc da HP.

Após idas e vindas, muitas visitas de fornecedor, muitas reuniões e discussões com os fornecedores, muito alinhamento corporativo e estratégico, etc., a decisão foi tomada: foram adquiridos os servidores HP 807 ( para o ambiente de desenvolvimento) e o HP 827( para rodar toda a produção).

Olha o que saiu na revista Nossa Gente - publicação interna do grupo - em abril de 1993.

Matéria da Revista Interna do Grupo Ipiranga - abril 1993

Na reportagem, o Jorge Nitschke destacava que o equipamento reduzia o tempo de processamento em 8x e que  "... os dois sistemas RISC, os 55 terminais e as 2 impressoras foram adquiridas pela DPPI com recursos próprios, sob a forma de locação, com pagamento de 18 parcelas e opção de compra no final. Foi um investimento de US$ 250mil, mas devido a grande redução dos custos operacionais, a Empresa prevê o pagamento em oito meses...".

Sucesso total. Era uma redução muito grande nos custos de locação e de infraestrutura de CPD ( ar-condicionado, espaço físico, piso elevado, energia, etc) e o fim da hegemonia da IBM como fornecedor de solução de processamento de dados para a Ipiranga. Fomos inovadores e a solução adotada pela DPPI  virou Case de Sucesso.

Com a instalação dos HP, não era mais necessário todo o espaço do CPD da Andradas e a equipe de Informática da DPPI  voltou a ser centralizada no prédio da Leonardo Truda.

Mas já havia um outro grande projeto corporativo em andamento: a construção de um novo prédio da empresa no bairro Praia de Belas. Um prédio moderno com 11 andares e com todas as facilities que são necessários para o funcionamento adequado de uma empresa. A Informática da DPPI foi chamada para definição e execução da rede de dados e de telefonia do prédio e o  projeto de rede foi tocado pelo Fabrício com apoio de toda a equipe de suporte ( e os parceiros Interop e Maxwell). Naquela época todo o time de suporte já estava sob a responsabilidade e supervisão do Plínio. A mudança para prédio novo ocorreu no final 1993 e inicio de 1994.

Para a solução de telefonia do Prédio foi escolhida uma central telefônica da SIEMENS. Conheci nesta época outro grande parceiro de trabalho: Rogério Giacomazzi, um agrônomo que tornou-se especialista em telefonia e infraestrutura. O Rogério foi um dos reforços que levei para TELET ( Claro Digital) quando sai da Ipiranga.
   
Prédio Petróleo Ipiranga Porto Alegre - fonte Google


As mudanças e os novos projetos foram acontecendo em sequencia. A implantação de tecnologia Oracle, Banco de Dados e Ferramentas de desenvolvimento ( trabalho feito em conjunto com a DBSERVER  do Eduardo, Mario e Verner); instalação de uma rede de comunicação via satélite para comunicação com as bases de distribuição ( parceria Embratel e HP); renovação dos equipamentos das bases de distribuição com instalação de novos micros, servidores (SCO/UNIX) e impressoras laser (Kyocera); centralização da Central de Pedidos da DPPI em Porto Alegre; implantação das lojas AM/PM e Jetoil, entre outros.

Sai da Ipiranga no dia 23 de novembro de 1998. Estava em andamento a implantação do ERP JDEDWARDS ( posteriormente adquirido pela Oracle). Cheguei a fazer os treinamentos mas não participei da implantação.

 Recebi um convite de uma empresa de Telefonia Celular que estava se instalando em Porto Alegre. O nome da empresa era TELET (eu nunca havia ouvido falar). O fato de ser a empresa que iria implantar a banda B da telefonia no Rio Grande do Sul me chamou atenção. Vou tratar isto no próximo post.

 Guardo com muito carinho a foto da turma abaixo. Foi o ultimo churrasco que participei como funcionário da Ipiranga. Quem se identifica na foto?

Turma da Informática da DPPI em 1998

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Minha Historia de TI - Consolidando o Conhecimento - Parte 4 - Fase I

Distribuidora Ipiranga - Instalando um IBM

Abri os classificados do jornal Zero Hora de um domingo de setembro de 1988 para dar uma olhada nos anúncios de empregos. Um deles me chamou a atenção:era uma posição de Analista de Produção mas que não identificava a empresa. Levei  meu Currículo até a caixa postal informada no anuncio ( pessoal! era 1988,não tínhamos  e-mail e o jeito era ir até o local entregar o CV ou mandar pelo correio).

Fui chamado para uma entrevistas alguns dias depois.

Casado, com dois filhos e morando de aluguel,não sobrava nenhum dinheiro e era obrigatório buscar oportunidades de aumentar a renda ( tinha que garantir o leitinho das crianças). A Olvebra era uma grande empresa mas as chances de eu receber ou novo aumento ou promoção eram poucas. Também corria uma "noticia" da "radio peão" nos corredores da empresa que haveria uma reestruturação no grupo e a uma divisão societária ( que aconteceu realmente algum tempo depois).

Não dava para ficar esperando sentado. Fui a luta!

Após uma entrevista com um argentino da Ipiranga do Rio  (que infelizmente não lembro o nome mas lembro que falava um portunhol difícil de entender) e varias outras com a  Maria Cristina, gerente de RH da Distribuidora, a quem devo muito pela paciência que teve em explicar o que era a Ipiranga e as vantagens que eu teria em trabalhar no grupo, iniciei na Isapar - Petroleo Ipiranga Participações S.A. no dia 01 de novembro de 1988.

A Ipiranga foi a empresa que fez a diferença na minha formação e foi onde, apesar de não ter conseguido chegar a um cargo de gestão, eu mais cresci profissionalmente. Também foi onde conheci um grande conjunto de profissionais de TI que colaboram muito para meu amadurecimento e consolidação de minha carreira na área.

Mas vamos por partes porque a historia é longa.

A minha ida para Ipiranga foi para compor um time que iria instalar e operar equipamentos de um novo CPD para executar o processamento de todas as empresas do grupo no sul do pais. As empresas que seriam impactadas com a mudança e atendidas pelo novo CPD eram DPPI ( Distribuidora de Produtos de Petróleo Ipiranga), Fertisul ( empresa de fertilizantes do grupo), Comercial Farroupilha ( rede de postos da bandeira Ipiranga),SAMEISA ( empresa de assistência e saúde do grupo), Rede de Hoteis Charrua e Refinaria Ipiranga. Sendo que a Fertisul, em seu CPD em Rio Grande, centralizava e processava a Refinaria, Sameisa e Hoteis Charrua e a DPPI, em Porto Alegre,além do processamento da Distribuidora, fazia o da Comercial Farroupilha. Ambas estavam estruturadas e usavam equipamentos de médio porte da COBRA Computadores.

O modelo adotado no novo CPD seria o mesmo  utilizado pela CBPI (Compania Brasileira de Petroleo Ipiranga): mainframe IBM. Para isto foi locado meio andar de um prédio novo na esquina de Rua dos Andradas e Caldas Junior ( hoje é o shopping Rua da Praia) e montada toda a estrutura para receber um IBM 4341.

 Minha função era de Analista de produção. Contou para a minha contratação a experiencia em operação, preparação e programação de produção com mainframe, conhecimento de sistema operacional DOS/VSE e VM, CICS, JCL e linguagem REX ( era o que estava no currículo!).

O projeto levou algum tempo para tomar corpo. O desafio de migração de todas as estruturas tinha questões de politica corporativa importantes e era necessário vencer algumas barreiras que não eram tecnologicas.

Lembro de algumas pessoas que conheci e/ou iniciaram na Ipiranga na mesma época:

- Plínio Figueiredo: era o responsável aqui em Porto Alegre pela condução do projeto de construção do CPD. Vinha com a experiencia e conhecia a estrutura da CBPI e era o facilitador do projeto. O Plinio foi um dos profissionais que mais me influencio e uma das figuras mais importantes na minha carreira. Fizemos vários projetos na Ipiranga e o mais importante foi o de instalação do equipamentos da HP ( vou falar especificamente deste mais a frente). Hoje é diretor de TI na empresa que comprou a parte de Distribuição do Grupo Ipiranga.

- Jorge Nitschke: na época da minha contratação era o gerente da DPPI. Também teve um papel muito importante na minha carreira, foi fundamental no gerenciamento, negociação e condução da equipe na execução de todos os projetos da Ipiranga. Hoje é diretor de TI de um grande grupo calçadista.

- Gilmar Afrausino: foi contratado junto comigo e era o programador de produção. O Gilmar, comprometido, bonachão e boa gente, foi meu colega mais próximo, me acompanhou durante toda minha passagem pela Ipiranga e principalmente nesta fase IBM,  fez grande diferença na implantação dos serviços do novo CPD.

- Carlos Rocha: conhecido como Rochinha, era um operador de IBM sênior e especialista neste assunto ( conheci o Rocha quando ainda trabalhava na Habitasul). Grande pessoa: tenho contato com o Rocha até hoje.

- Roberto Padilha: também operador, excelente pessoa e profissional que também mantenho contato.

- José Neves: era o responsável pela operação do Cobra da DPPI. Após a migração foi incorporado a equipe do CPD IBM. Trabalhou comigo também na Telet ( Claro). O JNeves virou celebridade após adotar o Café Compartilhado nas ruas de SP que foi amplamente divulgado no programa do Faro da Rede Record.

- Cláudio Chamun: era o responsável pelo desenvolvimento na DPPI e especialista em COBOL. Grande figura. Perdi o contato mas sei que ainda está trabalhando na área.

- Francisco Serpa: trabalhava no desenvolvimento da Comercial Farroupilha. Outro colega gente fina que teve uma excelente trajetória profissional. Tenho contato até hoje.

- Fabrício Beltrami: grande cara, parceiro de diversos projetos, com quem tive oportunidade de trabalhar. O Fabrício iniciou sua carreira como estagiário na Ipiranga ainda na estrutura IBM. Como é uma pessoa fora da curva teve um crescimento profissional rápido na empresa ( fomos analistas de suporte na mesma época). Hoje é executivo de TI de uma grande empresa de Varejo do Rio Grande do Sul e continuamos mantendo o contato.

Além destes acima: Seu Horácio, que foi gerente do CPD da Andradas; Vitor Hugo, que foi o meu supervisor; Macedo, analista da Telecom da Fertisul que trabalhava com o Plinio; Gerson do desenvolvimento da Fertisul e tantos outros que infelizmente não lembro o nome para citar agora.

A historia do IBM no CPD da Andradas foi até inicio de 1993 mas a minha historia na Ipiranga estava apenas começando.

No próximo Post vou falar da minha participação nos grandes projetos da DPPI na década de 90:

  •  Downgrade da estrutura do IBM 4341 para o HP-RISC;
  • Automação das bases de distribuição com computadores HP/Edisa;
  • Novo prédio da Petróleo Ipiranga na Praia de Belas;
  • Implantação de uma nova Central de Atendimento para os pedidos dos postos Ipiranga.

 Aguardem!

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Minha Historia em TI - Parte 3 - O aprendizado

Grupo Olvebra

Entrei na Olvebra Industria e Comercio de Óleos e Vegetais em 05 de novembro de 1984 como operador de computador Junior.

A Habitasul estava passando por um processo sério de falta de recursos  devido a crise financeira, uma possível união com o Banco Sulbrasileiro foi anunciada( o Sulbrasileiro possui uma área de Processamento de Dados forte = a Medidata), quando surgiu a oportunidade de trabalho, não tive duvida de mandar meu Currículo. 

A Olvebra Industrial fazia parte de um grande grupo de empresas( Companhia Riograndense de Adubos, EMBRASA, FITESA entre outras nas mais diversas áreas) e também buscava modernizar seu CPD adquirindo novos equipamentos.

Lembro ter sido entrevistado pelo chefe de operação, o Fonseca ( não tive mais contato com ele após minha saída da Olvebra) e pelo Renato Almada, gerente do Suporte Técnico ( que também perdi o contato mas soube que teve passagem como gerente de TI por outras empresas, entre elas a DIMED). 

O que contou muito na minha contratação era  ter experiencia de  operação de computador IBM 4381!
 Quando inicie o CPD da Olvebra era em um galpão na Rua Santos Dumond no bairro Floresta e,após mais ou menos  um ano, foi transferido para a rua Dr. Flores no centro da cidade.O engraçado na historia é que a Olvebra não tinha equipamento IBM e a minha experiencia ( que nem era tão grande assim)  não serviria para nada. Tive que aprender a operar um UNIVAC 9030 que era o mainframe utilizado para todo o processamento de dados do grupo.

A atualização tecnologia e a troca de fornecedor de equipamento levou bastante tempo para acontecer. A esperada mudança para  IBM teve várias etapas, muitas idas e vindas, inclusive com instalação provisória de um outro mainframe Burroughs ( A UNIVAC havia sido comprada pela Borroughs),  e finalmente foi realizada durante o ano de 1986.

Fiquei 4 anos na Olvebra e fui promovido  2 vezes, a primeira para operador de computador sênior e a segunda para programador de produção ( scheduller).  A responsabilidade do scheduller era a preparação e o acompanhamento das rotinas e dos jobs e considero que esta foi a minha primeira atividade de organização e  de gestão ( pois havia uma responsabilidade sobre o resultado do trabalho, solução de problemas, o controle e o comando informal da equipe). Acho que esta experiencia definiu minha opção pela Administração e não a uma continuidade de carreira técnica (sistemas ou suporte).

Reforço que naqueles tempos, apesar de o processamento de dados já estar consolidado como atividade importante nas empresas ( com algumas discussões calorosas sobre os custos da TI  permanecer por muito tempo até o entendimento da capacidade e do valor na automação dos processos), ainda se trabalhava de forma empírica e o conhecimento que era construído era especifico para cada organização (no Brasil somente na década de 90 iniciou-se a adoção de metodologias e de boas práticas). 
A mudança, padronização e melhoria dos processos dependia de um esforço muito grande da empresa e era muito difícil de ser vendido e adotado. Mas eu achei que o caminho era este.

Conheci muitas colegas na Olvebra que mantenho contato até hoje. Destaco o Guilherme Lessa, grande parceiro de TI que muitos anos depois foi meu diretor no Banco Matone; Gilberto Lanser  que continua na área e hoje trabalha na Oracle; Magda Targa que foi CIO da Unimed durante muito anos e hoje é professora. E outros que não sei por onde andam: Cassio, Guido, Fonseca, Loreto ( trabalhou comigo na Habitasul e na Olvebra), Gilnei,Ronald ( trabalha na ACECOTI) e por ai vai...

A saída da Olvebra foi em 21 de outubro de 1988 e o Grupo Ipiranga, como Analista de Produção, foi meu novo desafio.

Querem saber como foi? Aguardem meu o próximo post!

Univac 9030 - fonte Google


terça-feira, 3 de novembro de 2015

Minha Historia em TI - Parte 2 - O aprendizado

O Grupo Habitasul

O trabalho nas madrugadas, como tudo na vida, tem coisas boas e coisas ruins: de positivo posso destacar que o  aprendizado é rápido e facilitado pelo contato com profissionais especialistas, mais experientes, que optaram por trabalhar neste horário ( e conheci vários que gostavam do trabalho noturno e em especial na madrugada).
O ponto negativo, e muito forte no meu caso, é o desgaste físico. Eu nunca consegui me adaptar as atividades da madrugada (quando era mais jovem passava o dia inteiro com sono) e mesmo em situações eventuais posteriores, viradas em sistemas e manutenções de equipamentos que obrigatoriamente eram feitos a noite, sempre sofri um desgaste muito grande.Meu ciclo produtivo é durante o dia.

E este foi um dos motivos que busquei, após um ano de SERPRO, uma oportunidade como operador de computador no Grupo Habitasul. Iniciei as atividades no grupo financeiro em 25 de abril de 1983 e para diminuir o risco de minha saída, fiquei trabalhando em ambos ( SERPRO nas madrugada e HABITASUL a tarde) por quase 3 meses.

Na década de 80, o grupo Habitasul, era uma instituição financeira muito forte com atuação em vários segmentos ( Hotéis, Construção Civil, Poupança, Banco, fazendas, etc.) e em plena reestruturação na sua área de processamento de dados. Foram feitas várias contratações para o desenvolvimento de sistemas e também para operação e produção. A empresa investiu em infraestrutura com a construção de um novo CPD para suportar a instalação de um mainframe IBM 4381 ( era o equipamento top da IBM em 1983).

Como operador de computador Junior, uma promoção em relação ao SERPRO, fazia parte de um grupo que era responsável pela Operação e Produção do turno da noite e minha função na equipe  era... operar as unidades de fitas e as impressoras! 
Lembro de ter passado vários finais de semana imprimindo o "listão" da poupança Habitasul para envio de listagens atualizadas para as agencias do Grupo.

As lembranças mais presentes daquele período são das pessoas que conheci no trabalho  e com quem aprendi muito sobre TI e também sobre outros temas. Alguns destes profissionais mantenho contato até hoje.
 
Na Habitasul conheci Leandro Lara, velho amigo e grande profissional  que migrou para o Canada e que, como eu, ainda trabalha na área; Carlos Rocha, operador de computador especialista e convicto, com quem tive a oportunidade de trabalhar também no Grupo Ipiranga e hoje está aposentado; Rogerio Xavier, gerente da operação que me contratou na Habitasul e que ainda atua na área.
 
Alguns como Sergio Loretto ( trabalhou comigo também na Olvebra), Renato Cafruni, Osorio ( não lembro o primeiro nome) , Tinga ( lembro apenas do apelido do meu supervisor de turno que era muito gente fina), Vladimir e tantos outros que não recordo os nomes e que perderam-se pela estrada da vida.
 
Sai da Habitasul em 05 de fevereiro de 1985 (na época o Grupo passava por uma crise financeira devido a quebradeira de diversos bancos no Rio Grande do Sul) e fui trabalhar no Grupo Olvebra.
 
Mas isto é  assunto para o meu próximo post.


IBM 4381- fonte Google


Console IBM - fonte Google


Francisco e o vovô Guilherme

Uma das melhores experiencias que tive na vida foi ser pai.

A paternidade mudou a minha a forma de encarrar e de ver a vida.

Acho que esta mudança deve ( ou deveria)  acontecer com todos  pois , querendo ou não,  a partir do nascimento de um filho, é necessário estabelecer novos objetivos e mudar as prioridades pessoais e do casal. O futuro daquela criança depende de vocês (pai e mãe)  e tudo que se faz é pensando na criação, educação e evolução do filho. É um grande desafio e a criação do Athos e da Juliana foi assim.

Mas a roda do tempo é rápida e os filhos crescem em uma velocidade que não se imagina.Quando se vê, estão grandes, entram na faculdade, estão graduados, vão trabalhar, se casam e... tem filhos!

E ai está o Francisco, um meninão lindo, filho da Juliana e do Eugênio.

Ter um neto, além da beleza de se ter uma criança na família depois de muito tempo, tem o aspecto natural da continuidade da existência: o neto é um pouco do seu DNA que vou continuar por aqui depois de você ir para outras esferas.

E agora sou
o vovô Guilherme, o avô do Francisco!

Ser a avô também é uma experiencia maravilhosa! Muito bom!


Chico e o Vô Guilherme